segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Jurerê Internacional perde permanentemente o selo de qualidade Bandeira Azul na quinta-feira

Fonte: diario.com.br

Jurerê Internacional perde permanentemente o selo de qualidade Bandeira Azul na quinta-feira

Vistoria realizada na praia verificou descumprimento recorrente de critérios para certificação

Fernanda Peres e Juliana Sakae | fernanda.peres@diario.com.br

Uma vistoria realizada na quinta-feira em Jurerê Internacional, em Florianópolis, levou à retirada permanente do selo internacional de qualidade Bandeira Azul. O cancelamento foi decidido pelo coordenador do programa no Brasil depois de verificado o não-cumprimento, por três vezes seguida, de critérios estabelecidos para a certificação.

Segundo o comunicado do Instituto Ambiental Ratones (IAR), responsável pela fiscalização dos balneários brasileiros com a bandeira, problemas de gestão, fiscalização e comunicação estão entre os apontados para retirada da certificação. A prefeitura, que é responsável pela manutenção da praia, havia sido notificada em outras vistorias.

O Diário Catarinense procurou o secretário municipal de Turismo, Cultura e Esportes recém-empossado, Marcio José Pereira de Souza, que desconhecia da retirada do selo. Ele afirmou que irá se pronunciar na segunda-feira.

Em novembro, a bandeira foi arriada por dez dias após a constatação de lixo amontoado próximo às passarelas. No início do mês, o IAR fez outra vistoria e detectou mais problemas, como a existência de lixo em frente a restaurantes.

A prefeitura foi comunicada e providenciou ações imediatas, mas não conseguiu garantir o cumprimento dos critérios a longo prazo. A partir de agora, no Brasil, apenas a praia do Tombo, no litoral paulista, e a Marina Meliá, no Rio de Janeiro, têm o certificado.

Critérios exigidos

Para ganhar a Bandeira Azul, a praia precisa cumprir uma lista de 33 critérios (veja na tabela abaixo). A avaliação para definir se uma praia ganhará ou não o selo de qualidade começa com um júri nacional, composto pelo Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turismo, Secretaria de Patrimônio da União e ONGs como a Abramar e a BrasilCruise. Depois, toda a documentação é enviada a um júri internacional, que dá a palavra final sobre a concessão do certificado.
Critérios para obter a Bandeira Azul:
— Informações sobre o Programa Bandeira Azul devem ser disponibilizadas
— Atividades de educação ambiental devem ser promovidas e oferecidas aos usuários da praia
— Informações sobre a qualidade da água de banho devem estar disponibilizadas
— Informações relacionadas a ecossistemas costeiros, fenômenos naturais, áreas naturais sensíveis e áreas de importante valor cultural ser disponibilizadas
— Um mapa que mostre os limites da Praia Bandeira Azul e a localização dos serviços e equipamentos existentes na praia deve ser disponibilizado
— Código de Conduta na área da praia, leis e normas de uso devem estar disponibilizados
— A praia deve atender aos requisitos de freqüência mínima de análise de água
— A praia deve aplicar métodos confiáveis de análise de água e ter histórico de qualidade
— Descargas de águas residuais, industriais ou urbanas não devem afetar a praia e área de banho
— A qualidade da água da praia deve atender aos requisitos de padrão de excelência da legislação nacional
— A praia deve atender ao padrão de qualidade Bandeira Azul para os parâmetros físico-químicos (pH 6 a 9, água sem camadas visíveis de óleo na superfície e sem odores, praia monitorada com relação a contaminação por óleo, etc)
— Um comitê de gestão da praia deve ser estabelecido
— A praia deve estar de acordo com todas as regulamentações que influenciam e gestão da praia
— A praia deve estar limpa (incluindo trilhas, estacionamentos e acessos)
— Algas ou outra vegetação devem ser deixadas para se degradarem na praia
— Existência de recipientes para lixo na praia, em bom estado de conservação, seguros e em número adequado, regularmente esvaziados e limpos
— Estruturas para receber lixo reciclável devem estar disponíveis na praia
— Existência de instalações sanitárias e chuveiros em número suficiente
— Os sanitários devem estar em boas condições de higiene
— Os sanitários devem ter destino final adequado dos dejetos e das suas águas residuais
— Não deverá existir camping não autorizado, circulação de veículos e depósito de entulhos não autorizados
— Normas relativas a cães e outros animais domésticos na praia devem ser obrigatórias
— Todas as edificações e equipamentos na praia devem estar em boas condições de conservação
— Os recifes de corais localizados nas proximidades da praia devem ser monitorados
— Meios de transporte sustentáveis devem ser estimulados na área da praia
— Um número adequado de salva-vidas deve estar disponível na praia
— Equipamentos de primeiros-socorros devem estar disponíveis na praia
— Existência de planos de emergência para combater riscos por acidentes de poluição
— Existência de um plano de gerenciamento para diferentes usuários e usos da praia para evitar conflitos e acidentes
— Existência de medidas de proteção e acesso seguro dos usuários da praia
— Existência uma fonte de água potável disponível na praia
— Pelo menos uma praia do município deve estar equipada para receber pessoas com necessidades especiais
— Policiamento na área da praia

Fonte: Projeto Bandeira Azul — Instituto Ambiental Ratones

7 comentários:

Ari Silva disse...

Jurerê Internacional sem o selo?
Imaginem Canasvieiras, que está um canteiro de obras em plena areia da praia....é só dar uma caminhada à beira mar e constatar esses absurdos.

Ari

Anônimo disse...

Isso sem contar os incontáveis estabelecimentos que usurparam o passeio público na Madre Maria Villac tranformando-o em loja. E fica por isso mesmo.
Chama o ladrão!!!
Jurerório Canasviório

Anônimo disse...

1.2.11
.

Casan extravasa esgoto sem
tratamento no rio Papaquara



Laudo do IGP confirma crime ambiental.
Ministério Público pediu inquérito policial




Por Celso Martins



O lançamento de esgotos sem tratamento no rio Papaquara, no norte da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), motivou a abertura de um inquérito policial na 7ª Delegacia de Polícia, em Canasvieiras, à pedido do promotor de justiça Rui Arno Richter, da Promotoria de Meio Ambiente da Capital.

Tudo poderia passar como mais um caso, mas não é, pois a autoria do crime ambiental é atribuída à ninguém menos que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), responsável pelo projeto, construção e operação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) em Canasvieiras.

Pelo menos um exemplo concreto de extravasamento de esgoto sem tratamento tem a confirmação do Instituto Geral de Perícias (IGP), cuja laudo foi anexado ao inquérito. Diversas pessoas foram ouvidas pelo delegado responsável pelo caso, que chegou a concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público. Entretanto, diante do laudo do IGP, Richter determinou que novas pessoas sejam ouvidas. Segundo o promotor, a "materialidade" do crime cometido já está bem configurada.



Denúncia em 2009


A denúncia jornalística do problema foi feita em primeira-mão pelo Sambaqui na Rede no dia 9 de junho de 2009, com base nas seguintes fontes: pesquisa do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC, antigo Cefet) sobre a qualidade das águas do rio Papaquara; o documento Esgotamento Sanitário, elaborado em 2008 por técnicos da Casan e Prefeitura Municipal de Florianópolis; e o EIA-RIMA do Sapiens Parque, executado pelas empresas Elabore - Assessoria Estratégica de Meio Ambiente e Socioambiental - Consultores Associados Ldta.

Em resumo, a ETE de Canasvieiras tem capacidade para tratar os esgotos de até 45 mil pessoas e, tudo o que ultrapassar esse limite, vai parar in natura nos cursos d'água da região. Vale lembrar que o rio do Brás também é atingido e que o rio Papaquara desemboca no rio Ratones, coração da Estação Ecológica de Carijós. Ou seja, essa sujeira toda acaba chegando no estuário do Ratones, atingindo em cheio as localizades de Sambaqui e Daniela.




Confira as denúncias
do Sambaqui na Rede



1) Em 9 de junho de 2009
Casan polui o rio Paraquara.

2) Suíte da denúncia em 20 de julho de 2009
CASAN: Crime ambiental confesso - ETE de Canasvieiras.

Fonte: http://sambaquinarede2.blogspot.com/

Anônimo disse...

Atenção, pessoal do blog, sugiro que tirem fotos dos locais onde estão fazendo reformas na beira da praia e deixando água da obra invadir a areia.
Isso em Canasvieiras.

Agradecida,

Abraços,

Lisete

Mariana disse...

Jurerê caiu na cilada da sua própria vaidade.
Li que acharam inúmeras tampinhas de champanhe enterradas na areia, entre outras "coisitas a mais"...
É lastimável, sem dúvida nenhuma.

Mariana

Anônimo disse...

BEM FEITO! para aquele "entojado" ou "entojadoS" que pensam que são os donos da praia e que tomam conta da areia com mesas, cadeiras, guarda-sóis de seus restaurantes/bares.
Ano passado presenciei uma cena de desrespeito a um vendedor de água que passava por ali e os funcionários de um certo restaurante não queriam deixar. Era "ordens" do dono!
"IZIBIDOS"...

Anônimo disse...

"INZIBIDOS E COLORIDOS"""!!!!!