sábado, 31 de julho de 2010

Voluntários tentam proteger a natureza

O trabalho voluntário é aquele que nasce da vontade do indivíduo de colaborar, de alguma forma, para uma causa ou para o bem estar de uma ou mais pessoas, doando seu tempo e desenvolvendo atividades de forma espontânea.

O voluntariado é ação decorrente de uma decisão espontânea (não pode ser compulsória) de pessoas de contribuir, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso, para o enfrentamento de problemas reais na sua comunidade ou em âmbito social mais amplo.

Já o voluntário, segundo definição das Nações Unidas, é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal ou ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos.

Ao mesmo tempo em que o voluntário ajuda as pessoas, também recebe muito em troca, às vezes até sem perceber pois, no contato com as pessoas, tem a satisfação de ser útil, aprende com a convivência e amplia seus horizontes, vivenciando situações novas.

Bandeira: LUTAR POR UM MUNDO MELHOR é a bandeira levantada pela maioria dos movimentos da sociedade civil organizada. Mas nenhum deles usa esta frase com melhor propriedade do que aqueles que trabalham com o MEIO AMBIENTE, pois trabalhar por esta causa significa trabalhar pela melhoria das condições de vida do planeta, e não somente de uma comunidade.

A causa do meio ambiente reúne milhares de pessoas ao redor do mundo. NUNCA se falou tanto em desenvolvimento sustentável e na vida das gerações futuras como agora. Assuntos como aquecimento global, esgotamento dos recursos hídricos e aumento da emissão de carbono estão na agenda da população de todos os países. E o que torna essa causa tão agregadora é a constatação de que os lucros da destruição do meio ambiente são de poucos, e os prejuízos, compartilhados pela população de todo o planeta.

Fonte: Colecionáveis Malwee N. 9 - Informe Comercial

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Requerimento protocolado

Abaixo o requerimento que o SOS Canasvieiras protocolou no dia de hoje, 26 de julho de 2010:

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Exmo. Senhor
Secretário de Obras e Saneamento de Florianopolis/SC
Presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis/SC
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina


OS MORADORES DA PRAIA DE CANASVIEIRAS, firmatários do presente documento e também participantes ativos do MOVIMENTO SOS CANASVIEIRAS, vêm, respeitosamente, à presença de V. Sa., expor e requerer o seguinte:


O MOVIMENTO SOS CANASVIEIRAS está realizando um grande trabalho voluntário na busca de melhorias na segurança, saneamento básico, limpeza e, principalmente, no auxílio à conscientização socioambiental dos moradores e freqüentadores do nosso bairro.

Constatou que, tanto na baixa e principalmente na alta temporada, há dificuldades de acesso à praia devido à falta de balneabilidade – comprovadas pela CASAN bem como pela FATMA - e sujeira da orla e nos seus acessos, inclusive com dejetos humanos e animais.

Os requerentes apuraram, ainda, a necessidade de instalações sanitárias (duchas e banheiros) nos acessos à praia, abaixo relacionados:

R. Professor Teodósio Maurício Wanderlei
R Dr José Bahia Bittencourt
R. Heitor Bittencourt
R. João Luiz da Silva Brito
R. Acary Margarida
R. das Flores
R. José Daux
Av. Prof. Milton Leite da Costa
R. Dr. Antonio Prudente de Moraes
R. Hypolito Gregorio Pereira
Av. Das Nações
R. Vidal Ramos Neto
R. Manoel Mancellos Moura
R. Rodolfo Hickel
R. Afonso Cardoso de Veiga
R. Vasco de Oliveira Gondin
R. do Kalifa
R. Jorge Mussi
R. dos Eucaliptos
R. Antônio Heil
R. Murilo Antonio Bortoluzzi
Portanto, solicitam, em caráter de urgência, a instalação de duchas e banheiros nos pontos acima indicados.

Esta medida já foi adotada em outras praias, com sucesso.

Diante do exposto, confiam na presteza e agilidade de V. Sa. no atendimento a essas medidas.


Pedem Deferimento


Canasvieiras/Florianópolis/SC, 26 de Julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

Saneamento e renda

O Estado de São Paulo, 24 de julho de 2010, página A3:

Apesar do avanço do saneamento básico nos últimos anos, estima-se que 114 milhões de brasileiros ainda não dispõem de sistema de coleta de esgotos. Doenças decorrentes da falta de saneamento básico, como diarreia, estão entre as principais causas das mortes de crianças no País. Só isso já seria mais do que suficiente para levar os governos brasileiros a investir bem mais do que vêm investindo em saneamento básico, para o País atingir com mais rapidez a meta de universalização, isto é, o atendimento de toda a população com esse serviço.

Mas, além dos prejuízos à saúde da população, a falta de saneamento básico tem também efeitos econômicos nocivos que justificariam até financeiramente a aceleração dos programas de extensão das redes de água e dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos. É o que mostra a pesquisa Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e pelo Instituto Trata Brasil, uma organização criada para mostrar a urgência da universalização do saneamento básico.

Com base em estatísticas conhecidas e em comparações de dados de regiões onde os serviços de saneamento básico já atingem quase toda a população e daquelas em que a maioria dos habitantes carece desses serviços, o estudo conclui que a falta de água tratada e de redes públicas de coleta de esgoto reduz a produtividade do trabalhador e, assim, reduz sua renda média. Além disso, a falta de saneamento impõe custos adicionais ao sistema nacional de saúde, impede a valorização do principal bem de muitas famílias de baixa renda (que é sua moradia) e condena à estagnação regiões com alto potencial para o turismo e que poderiam gerar muito mais emprego e renda.

É fato notório que a falta de coleta de esgotos provoca doenças infecciosas que levam ao afastamento das pessoas doentes do trabalho. As pessoas infectadas que permanecem trabalhando têm desempenho inferior ao de seus companheiros, ou seja, têm menor produtividade, pois estão com a saúde abalada. Essa deficiência tem um custo econômico que pode ser avaliado de diversas formas. Segundo a FGV, o prejuízo das empresas com as horas pagas, mas não trabalhadas - por afastamento do trabalhador para tratamento de doenças infecciosas em geral provocadas por más condições de saneamento nos locais onde vive -, pode chegar a R$ 547 milhões por ano.

Trabalhadores que vivem em cidades nas quais os serviços de saneamento atendem a praticamente toda a população ganham, em média, 13,3% mais do que os que vivem em locais sem coleta de esgoto. Tendo esse diferencial como base e levando em conta a renda média dos brasileiros e o número de trabalhadores que não dispõem de serviços adequados de saneamento básico, a FGV calculou que, se o País alcançasse a universalização desses serviços, a massa salarial, de R$ 1,1 trilhão, poderia aumentar R$ 41,5 bilhões.

Eis aí um programa de renda democrático e apolítico, que não escolhe pessoas ou famílias beneficiadas, pois não exige inscrição prévia em órgãos públicos. Curiosamente, o ganho de renda "é praticamente o custo da universalização do sistema de coleta e tratamento de esgoto no Brasil, estimado em R$ 49,8 bilhões", observam os autores do estudo.

E o programa teria ainda outros benefícios para as finanças públicas, entre eles a redução dos gastos com internações hospitalares em razão de infecções intestinais causadas por más condições de saneamento. Do ponto de vista social, reduziria em 65% o índice de mortalidade entre os pacientes internados com infecções gastrointestinais, o que significa que 1.277 vidas seriam salvas anualmente.

Para as famílias de baixa renda que hoje vivem em más condições de higiene, a universalização do saneamento básico poderia significar a valorização de até 18% de sua moradia, que é seu principal ativo econômico. Para as regiões com potencial turístico reprimido por falta de saneamento básico, a universalização traria investimentos, empregos e mais renda.

Fonte

sábado, 24 de julho de 2010

Situação do abaixo-assinado


Nosso abaixo-assinado reivindicando uma melhor qualidade do esgoto em Canasvieiras está indo de vento em popa. Atualmente, contamos com mais de 1000 assinaturas. Nossa meta é conseguirmos 5 mil assinaturas, para assim encaminhá-lo aos órgãos públicos para que se tome uma atitude. E estamos tendo bastante apoio, as pessoas recebem o abaixo-assinado com esperanças e ao mesmo tempo indignação por pagarem por um serviço que não é prestado.

Você pode ajudar a colher assinaturas, solicitando folhas do documento para passar adiante entre seus conhecidos. Envie um email para soscanas@yahoo.com.br.

Juntos, todos podemos melhorar a qualidade de vida em Canasvieiras. Colabore você também.

domingo, 18 de julho de 2010

Sacolas plásticas X meio ambiente

Fonte: http://www.sermelhor.com/artigo.php?artigo=56&secao=ecologia

As sacolas plásticas ou saquinhos de supermercado são uma "praga" moderna que deve ser aos poucos abandonada por todos nós. Saiba mais sobre seus malefícios e como eliminá-la de sua vida.


A maioria das invenções estão diretamente relacionadas com nosso conforto e praticidade, porém muitas delas são colocadas no mercado sem nenhuma pesquisa mais profunda de seu impacto, principalmente ambiental. A regra é o lucro imediato. Este é o caso das sacolas plásticas ou "saquinhos de supermercado". Que nos últimos tempos ela virou uma "praga" ninguém pode negar. Uma praga digo no sentido de que qualquer coisa que compramos, até mesmo uma cartela com 4 comprimidos, é embalada nela.

Origem

Sua invenção data de 1862 e foi uma revolução para o comércio por sua praticidade e por ser barata. Apesar de antiga a invenção veio explodir no Brasil a partir da década de 80, contribuindo para a filosofia do "tudo descartável". Mas agora sabemos (e os Europeus já sabem há um bom tempo) que elas são um dos grandes vilões do meio ambiente e apenas agora nos demos conta disto, bem como várias outras coisas que antes utilizávamos sem nenhum peso na consciência.

Motivos de sobra para abandoná-la

Mas porque ele é assim tão prejudicial para o meio ambiente? Bem, em primeiro lugar o saquinho plástico é um derivado do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos, ou seja, seu tataraneto pode no futuro se deparar com o saquinho que você jogou fora hoje. No Brasil aproximadamente 9,7% de todo o lixo é composto por saquinhos plásticos, além disso a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma tonelada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes.

Há um outro grande problema: a poluição dos mares por este tipo de lixo. Saquinhos plásticos no mar são confundidos por peixes e, principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Assim ao ingerir o saquinhos as tartarugas morrem por obstrução do aparelho digestivo. Se você tiver oportunidade de um dia visitar o Projeto Tamar, verá que lá estão expostos vários cadáveres de tartarugas que morreram desta forma.

Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.

O que fazer então?

A grande idéia é aos poucos substituirmos as sacolas plásticas descartáveis, ou por sacolas realmente biodegradáveis (pesquisas estão sendo feitas no Brasil para a produção de plásticos a partir da cana de açúcar e milho) ou por sacolas não descartáveis. Lembra daquelas antigas sacolas de feira? Isto mesmo, elas aos poucos estão voltando e com força total. Nós aqui do Ser Melhor já temos a nossa!

Seguem algumas dicas de como começar a diminuir o uso das sacolas descartáveis:

* Comece a levar uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, pelo menos uma parte delas vai para a sua casa sem utilizar o saquinhos;
* As famosas "sacolas de feira" são uma grande dica, seja ela de plástico resistente, seja de pano;
* Se a quantidade de compras for muito grande, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;
* Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas;
* Cuidado com as sacolas Oxibiodegradáveis. Apesar delas se "desfazerem" no ambiente, diferentemente de uma sacola biodegradável, que é consumida por microorganismos, a sacolas Oxidegradáveis se utilizam de componentes químicos nocivos para decompô-la, continuando a poluir o ambiente, apenas não serão visíveis aos nossos olhos (para mais detalhes consulte http://www.ambiente.sp.gov.br/artigos/270707%5Fengodo%5Fplastificado.htm);
* De preferência pelos sacos de papel;
* Verifique as datas de validade dos produtos. Você poderá estar levando um produto que irá para o lixo. Além do desperdício de dinheiro você terá utilizado um ou vários saquinhos a toa;
* Repense suas compras. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados.

Movimentações em torno do tema

Na Europa os costumes já começam a mudar. Na Alemanha se você não levar sua própria sacola ao supermercado tem que pagar um preço salgado por cada saquinho que utiliza, além de outras medidas adotadas pelo governo. A Irlanda segue o mesmo caminho e na Inglaterra redes de supermercados já oferecem saquinhos totalmente biodegradáveis.

No estado de São Paulo, o governo e entidades já estão se movimentando para reduzir o número de sacolas plásticas, incentivando com campanhas de esclarecimento a população, visando utilizar suas próprias sacolas para fazer as compras.

Mas sei que é difícil desvenciliar-se de um costume, de algo tão prático quanto as sacolinhas plásticas, porém temos que começar algum dia. Que tal hoje!?


Referência:
Maurício Waldman Dan Schneider, Guia ecológico doméstico, Editora Contexto

Autor(a): Daniel Pereira



Formado em Física / Astrofísica pela Universidade de São Paulo. Fez cursos nas faculdades de Filosofia e Geologia na Universidade de São Paulo. Fez cursos na área de artes plásticas e história da arte no Centro Cultural São Paulo. Atualmente é empreendedor na área de tecnologia e web.


Contato: danielusp@bol.com.br

terça-feira, 13 de julho de 2010

ATENÇÃO!



Estamos circulando um abaixo assinado, destinado aos orgãos públicos, reivindicando a solução dos problemas de falta de balneabilidade e saneamento em Canasvieiras.
Contamos com o envolvimento de toda a comunidade, no sentido de colhermos um número expressivo de assinaturas. Só assim poderemos sensibilizar as autoridades.

Também pedimos a todos que acompanhem a reunião no Ministério Público de Santa Catarina com o promotor Dr. Rui, para dar prosseguimente a esse mesmo assunto.
Podemos ser chamados a qualquer momento, dependendo da agenda do promotor. Quem puder, vá com a camiseta do SOS Canasvieiras.

Contamos com sua presença, ela é importante!

Obrigado.

sábado, 10 de julho de 2010

Diário Catarinense, 10 de julho de 2010, página 12

Emissários submarinos, por Gert Schinke*

Em artigo publicado nesta página (12/06), o presidente da Casan, Walmor de Luca, ressalta um suposto desconhecimento sobre o funcionamento dos emissários submarinos. Apressada conclusão. Sofisma 1: afirma ele que constituem um tratamento adequado. Os emissários não são equipamentos de tratamento de esgotos, mas emissores de efluentes já tratados, supostamente bem tratados, quesito no qual a companhia que dirige se mostra precária. Sofisma 2: afirma que as águas marítimas têm magnífica capacidade de autodepuração ao promoverem a diluição, dispersão e a decantação de cargas poluentes. Parte ele da premissa, portanto, de que os esgotos não estão devidamente bem tratados ao serem lançados, embora mais adiante afirme que as futuras estações de tratamento do Campeche e de Ingleses darão tratamento secundário e terciário aos mesmos. Infere-se, pois, que serão inertes, não acarretando poluição. Mas, se não causarão poluição, porque lançá-los no mar?

Não seria mais lógico dispersar esta água doce tratada nas cabeceiras dos rios próximos às ETEs, realimentando os lençóis freáticos para fechar o ciclo? Assim, os emissários seriam dispensados. A questão não se resume à “balneabilidade”, mas ao impacto global na orla, já por demais afetada. A premissa nos induz a crer que o mar ainda suporta impactos, desde que suaves, na contramão do que o mundo apregoa – deixá-lo em paz.

O modelo centralizado, proposto pela Casan, é o fator determinante para a concentração dos efluentes e só interessa às empreiteiras, aos atores políticos envolvidos e às empresas avessas ao monitoramento de seus resultados.

Já no modelo descentralizado, os efluentes são totalmente absorvidos no local onde a natureza pode realizar esse serviço ambiental. E de graça. Ecologicamente sustentável e valendo-se da complementaridade de sistemas de tratamento, respeita as bacias hidrográficas, e consome menos energia, além de ser, em muitos casos, mais barato.

* Ecologista

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Comunidade quer praça

Diário Catarinense, 7 de julho de 2010, página 22:

Os moradores do Bairro Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina, querem que a prefeitura transforme uma área abandonada de 10 mil metros quadrados em uma praça.

A intenção é plantar árvores, melhorar a iluminação, colocar bancos e torná-la um ambiente para o bate-papo, brincadeiras, shows e eventos. Um sonho da comunidade que já existe há 40 anos.

– É um espaço que sempre esteve abandonado. A manutenção é feita apenas uma vez por ano e olhe lá. Muitas vezes os próprios moradores fazem um mutirão para limpar o matagal – conta a moradora Vera Lucia Caldeira de Andrada.

A comunidade afirma que o lugar é usado como depósito de lixo e que fica alagado frequentemente. Também lembram que atividades educativas e esportivas para crianças e para a terceira idade têm sido prejudicadas pela falta de espaço.

– Aqui é uma região turística. É uma vergonha este desleixo. Este não pode mais ser lugar para viciados – diz outra moradora, Cláudia Maria dos Santos Ferrari.

Terreno foi repassado para a prefeitura, mas falta escritura

Segundo o procurador-geral do município, Jaime de Souza, o terreno foi doado pelo governo estadual, mas a prefeitura ainda não tem a escritura que compra a posse. Enquanto isso não ocorrer, nenhuma providência ou decisão poderá ser tomada, segundo o procurador-geral.

– Só com os documentos em mãos poderemos analisar a destinação – diz Souza.

O terreno é dividido em três partes. Em uma delas está a Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, inaugurada em 2003. De acordo com Cláudia Maria dos Santos Ferrari, integrante da Ação Social Nossa Senhora de Guadalupe (Asonseg), a área foi cedida à comunidade. Agora, os moradores querem que os 9.958 mil metros quadrados restantes sejam anexados ao projeto da praça.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Civilidade e cuidado com o meio ambiente

O comportamento ambiental das pessoas nas ruas e demais locais públicos é bastante questionável. Pelo menos é o que afirmam os pesquisadores sociais, indicando oque a maior parte do público simplesmente ignora as regras mais básicas de civilidade, ao jogar lixo nas ruas, ao deixar de regular a emissão de gases de seus automóveis e ao destruir plantas ou árvores de praças e bosques.

Apesar do descaso ambiental, essa situação já foi bem pior no Brasil. Na década de 1970, o governo brasileiro chegou a colocar no ar a campanha “Povo desenvolvido é povo limpo”, que tinha no personagem “Sujismundo”, desenhado por Rui Peroti, o protagonista que retratava o comportamento de milhões de brasileiros.

Eram diversas as situações em que o Sujismundo aparecia dando exemplos de comportamento anti-higiênico, sempre emporcalhado, fazendo sujeira, espalhando lixo e coisas do gênero. No fim da propaganda, sempre vinha a mesnagem: não façam isso, não façam aquilo. O Sujismundo ficava feliz com a lição, mas nunca deixou de aparecer assim, coberto de sujeira e moscas. O brasileiro era lembrado constantemente de que “Povo desenvolvido é povo limpo”, mas seu “herói” era um cara sujo e de maus hábitos.

Hoje, décadas mais tarde, o povo brasileiro se desenvolveu um pouco mais em relação aos anos 1970, mas ainda está longe de praticar comportamentos adequados de limpeza nos locais públicos. De acordo com as pesquisas, algumas cidades estão mais evoluídas em relação ao comportamento social ambientalmente correto. Os estados do Sul são considerados mais adiantados em relação a essa prática, mas ainda há muito o que se fazer. Para os pesquisadores, os conceitos de limpeza não estão diretamente relacionados com o desenvolvimento de um povo, mas com a sua educação. Ou seja: “Povo bem-educado é povo limpo!”.

Fonte: Colecionáveis Malwee 2010, número 6.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ajude os passarinhos














EMBRULHE OS CHICLETES ANTES DE JOGAR FORA:

Atraídos pelo cheiro adocicado e pelo sabor de fruta, os pássaros comem restos de chicletes deixados, irresponsavelmente, em qualquer lugar. Ao sentirem o chiclete grudando em seu biquinho, tentam, desesperados, retirá-lo com os pés... E aí, acontece o pior: acabam sufocados.
Por favor, embrulhe o chiclete num pedaço de papel e jogue-o no lixo.

Além disso, você ajuda a NATUREZA!!!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A morte do rio do Braz

Por: Ana Echevenguá

“Turistas revoltados, crianças e adultos com ânsia de vômito e diarréia, comerciantes e prestadores de serviços desesperados. Tudo isso acontece por causa do esgotos que são lançados no rio do Braz, que desemboca na praia de Canasvieiras, junto ao trapiche das escunas de passeio. A situação se agravou na terça-feira da semana passada, quando as fortes chuvas romperam a barra assoreada naturalmente pela areia da praia, assustando os banhistas que costumavam freqüentar o local”(1).


Conversávamos sobre a praia de Canasvieiras (Florianópolis- SC). Contei que fiz várias fotos do ‘rio do trapiche’, uma das maiores belezas locais... com sua ponte bucólica, seu mangue.... Aí, a Sandrinha me perguntou: “Qual? O rio do Braz? Aquele que, quando enche, polui o mar?”

Esse mesmo! Coitado do Braz; está mais morto do que vivo! Mas a força das suas águas (escuras e mornas), às vezes, invade a areia da praia e chegam ao mar.

Grande parte de sua poluição vem da estação de depósito de esgoto da CASAN, que fica às suas margens. Depósito sim - esta é a palavra certa -, porque a CASAN não trata esgoto. É tudo conversa pra rio morrer! Coleta o esgoto, junta-o na estação de depósito e joga no curso d’água mais próximo. Situação corriqueira; de conhecimento dos órgãos públicos; que gera risco e dano à saúde de muita gente e bicho.

E está matando o rio do Braz aos poucos. Em 2006, alguns moradores descobriram, ao lado dessa estação, um cano que joga esgoto nas águas. E ameaçaram entrar na Justiça contra a CASAN (2). Além disso, disseram que as 3 bombas elevatórias instaladas na beira do Braz são ineficientes e também jogam os dejetos no rio (3).

Mas não sei se algo foi feito! Porque estamos em 2010, e tudo continua igual.

Claro que o rio recebe, ainda, o esgoto sem tratamento lançado por ligações clandestinas. Afinal, aqui, é a terra da fiscalização zero!

O Ministério Público Federal foi informado de situação parecida na praia de Ponta das Canas e judicializou a questão por entender que crimes como estes poluem as águas e praias, “gerando prejuízos para a população e para o meio ambiente, e riscos para os pescadores, para a comunidade local e para os milhares de turistas que visitam Florianópolis”(4).

Por essas e outras, todo o litoral catarinense está prestes a morrer graças à falta de tratamento de esgoto. Pagamos por este serviço, não o recebemos e ficamos de braços cruzados.

E a desculpa da CASAN para não cumprir sua obrigação é sempre a mesma: não trata o esgoto, porque falta dinheiro.

Peraí!, falta dinheiro somente para cumprir os contratos de prestação de serviço que ela assina. Vejam os números que Cacau Menezes, elogiado formador de opinião local, apresentou em sua coluna do DC: “No exercício de 2008, a Casan, nossa estatal de água e esgoto, teve um lucro líquido de R$ 17,164 milhões. Naquela ocasião, tudo dentro da lei, 14 diretores foram contemplados com gratificações de R$ 10.691,22 a R$ 52.365,15 a título de participação nos lucros e 10 membros do Conselho de Administração, pelo mesmo motivo, receberam de R$ 5.454,70 a R$ 52.365,15. O presidente da empresa, por exercer também a presidência do conselho, recebeu dobrado: R$ 104.730,30. (...) em 2009, o lucro líquido foi de R$ 31,473 milhões, 80% superior ao do ano anterior. Imagina-se, então, que a “participação nos lucros” dos diretores e conselheiros será em torno de R$ 94.257,27! Se há superávit, não deveria ser reaplicado em obras e serviços da empresa?” (5).

1 – http://www1.an.com.br/ancapital/2000/fev/08/index.htm

2 - http://floripamanha.org/2006/12/casan-e-acusada-de-poluir-rio-do-bras/

3 – http://www.an.com.br/ancapital/2008/jan/11/1ger.jsp

4 - http://floripamanha.org/2006/12/poluicao-em-balneario-rende-acao-judicial/

5 - http://floripamanha.org/2010/04/lucros-na-casan/

Ana Echevenguá, advogada ambientalista, presidente do Instituto Eco&Ação e-mail: ana@ecoeacao. com.br, website: www.ecoeacao. com.br.