sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Turismo Insustentável - Encerramento

Não temos participação nas passeatas, mas assumimos que queremos solução para os moradores de rua terem dignidade. Nosso bairro é carente em tudo, como relatamos no post acima. Por ser um lugar pequeno, este problema de pessoas nas ruas, sem rumo e sem esperança,potencializa-se.
Assim como eles têm direito à liberdade de ir e vir, a comunidade também tem o mesmo direito.
O SOSCANASVIEIRAS!, o original, que mantém este blog,se responsabiliza pelos posts publicados, não por esta ou aquela declaração mais exaltada de outrem.
O SOS CANASVIEIRAS!, o original, luta em primeiro lugar pelo direito ao saneamento básico, onde nossa praia está morrendo e nossa SADIA qualidade de vida está ameaçada. Consequentemente luta para diminuir as diferenças e não aceita de maneira alguma que seres humanos sejam jogados aqui sem nenhuma assistência do poder público.
Se fomos mal interpretados, consciente ou inconscientemente, principalmente pela mídia sensacionalista, que fique claro nossa posição de uma vez por todas: NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS POR DECLARAÇÕES QUE NÃO TRADUZAM O RESPEITO A TODOS OS SERES HUMANOS, INDEPENDENTE DA SUA CONDIÇÃO SOCIAL E O RESPEITO AOS ANIMAIS ABANDONADOS, inclusive apoiamos a causa de voluntários que também lutam para diminuir mais esta mazela de nosso mundo.

Sandra Petersen - SOS CANASVIEIRAS!

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Pessoal, sou moradora de canas à 4 anos. Estas manifestações na rua com faixas não é o mesmo SOS Canasvieiras deste Blog, usaram o nome devido ao pedido de ajuda no caso dos mendigos.
Conheço a Sandra Petersen e sei que jamais teria dito que o correto é chutar ou maltratar mendigos, sendo que esta pessoa nos ajuda muito com animais de rua. Uma pessoa que ama animais, seria capaz de maltratar pessoas??
Os mendigos que aqui já moravam, são conhecidos, mas muitos NOVOS é o que causou tantos problemas. A revolta é, se tem mesmo outras praias trazendo pessoas para cá... pessoas não são objetos para serem descartadas....assim como os animais, que são trazidos de outras praias.
É dificil manter a ordem quando há excessos.
Por favor, vamos cuidar e não criar opiniões sem ter a informação correta.

Tati Vogel

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Turismo Insustentável - Parte 2

Agradecemos à repercussão da nossa situação na imprensa e à reação do público - ainda que exagerada e extrema. Pela primeira vez em muito tempo o bairro conseguiu se fazer ouvir pelas autoridades, que sempre negam atenção aos nossos problemas, que são muitos: criminalidade, falta se saneamento, limpeza das ruas e da praia, estrutura de lazer precária, só para citar alguns.
Finalmente a comunidade conseguiu ser ouvida. Se foi este post publicado em novembro que deu a arrancada para estas mobilizações, ótimo!
Não podemos julgar nem condenar os manifestantes, que querem solução, porque já chegamos além do limite tolerável. Até porque não há e não houve qualquer manifestação de violência por parte da comunidade de Canasvieiras.
Também não podemos aceitar que seres humanos sejam "descartados" e abandonados em qualquer lugar, como "coisas" indesejadas, sem qualquer assistência do poder público. 
A prefeitura já começou a se mexer. É óbvio que em lugar nenhum do mundo se consegue conviver desta maneira, onde as autoridades se omitem e não agem, somente reagem quando se faz algo para chamar-lhes a atenção.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Planeje as férias de sua família fugindo das águas poluídas e das doenças

DO BLOG SOS RIOS DO BRASIL - CAMPANHA PERMANENTE



CAMPANHA “ÁGUA POLUÍDA, TÔ FORA! ”
 
Ao lançar mais uma vez sua campanha de orientação e conscientização dos internautas, para o risco de doenças de origem hídrica que podem contrair no contato com águas poluídas e contaminadas, dos rios e praias das cidades de veraneio, destacamos os links de sites que informam sobre a balneabilidade nos Estados do Brasil.
 
O que é Balneabilidade ?
Balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, sendo este entendido como um contato direto e prolongado com a água (natação, mergulho, esqui-aquático, etc), onde a possibilidade de ingerir quantidades apreciáveis de água é elevada.
 
SAIBA MAIS: Como funciona a balneabilidade das praias e rios - Clique
 

QUALIDADE DAS ÁGUAS DAS PRAIAS NO BRASIL BALNEABILIDADE DAS PRINCIPAIS PRAIAS BRASILEIRAS EM 2013 - Clique e veja os boletins em vários estados

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Elogios à Casan


Água sanitária poderia curar doenças de pele, diz pesquisa

Tomar banho com água sanitária diluída poderia ajudar a tratar algumas doenças da pele e até retardar o envelhecimento, sugeriu um novo estudo conduzido por pesquisadores americanos.

A descoberta, publicada na revista científica Journal of Clinical Investigation, foi feita por uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Segundo os cientistas, a água sanitária diluída poderia tratar dermatites causadas por radioterapia, além de necroses e úlceras.


Está aí uma notícia que, se confirmar, pode minimizar a antipatia geral que a população tem pela CASAN.
Quando entramos no mar, nas nossas praias, geralmente adquirimos algumas doenças, principalmente de pele. Como a água tratada pela Casan vem com muito, mas muito cloro mesmo, basta tomarmos banho de chuveiro (em casa, já que na praia não temos este luxo), já fazemos o tratamento, eliminando este mal.
Sem esquecer que em outros momentos pagamos água tratada, limpa, potável e recebemos barro, que se investigarmos bem, quem sabe descobrimos que o barro também é medicinal e cosmético.
Por esta não esperávamos!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Turismo insustentável

De uns tempos para cá este problema tem se agravado, e muito. Até a grande mídia tem noticiado o "descarte" de seres humanos, ditos mendigos, aqui em Canasvieiras.
A comunidade do bairro já deve estar até acostumada, pois só reclama entre vizinhos e para por aí. Mas o problema social é muito sério.
Não podemos deixar esta situação se agravar, porque junto vem a sujeira, as drogas, os desentendimentos e até os homicídios, comprometendo a nossa qualidade de vida e a fama negativa perante o Brasil e o mundo.
Querendo ou não, com poluição ou sem poluição, com banheiros/duchas ou SEM banheiros/duchas na praia, nosso bairro é conhecido pela vocação ao turismo. 
Mas não é este tipo de turistas que precisamos e queremos, nem na baixa temporada, nem na temporada de verão.
Com a palavra e a solução, só nos resta jogar nas mãos das autoridades.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Será a solução?


Prefeitura de Florianópolis prepara praias para a temporada


A temporada de verão em Florianópolis começa a ganhar forma. A partir do dia 10 de dezembro, a Prefeitura começará a montar banheiros públicos nas principais praias da cidade. Serão 200 banheiros químicos e oito containeres sanitários.


Não podemos atestar a eficácia dos banheiros químicos, pois seu conteúdo, depois de no máximo 200 usadas, deve seguir para uma estação de tratamento de esgoto.
Sim, mas se a estação não trata nem o que deveria, como fica?
Mais uma solução paliativa que encontraram para colocar nas praias na temporada, porém o que a comunidade pede são obras eficazes, tanto de infra-estrutura quanto da estação de tratamento da Casan.
Lutamos por obras conjuntas e sólidas, com duchas e banheiros.
Por isso a pergunta: As duchas, quando vierem, também serão químicas?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre cachorros na praia

Hoje pela manhã bem cedo já percebi o quanto as pessoas ainda precisam amadurecer e se conscientizar. Não adianta, cada um tem seu tempo e o que mais as faz "despertar" é o bolso, infelizmente.
O atendente de uma agropecuária, ao vender-me uma coleira/guia para meu cão, tentou me convencer que aquela seria a melhor opção até para levá-lo para andar na praia. E outra cliente ali presente, reforçou esta postura.
Levá-lo à praia?
"Vocês não sabem que aqui em Florianópolis existe uma lei que proíbe cachorros na praia?"
"Sim, sabemos, mas não funciona. Tá cheio de cachorros vagabundos de rua lá e além do mais tem muita madame que leva, porque eu vou deixar de levar, já que os outros não cumprem a lei e nem tem fiscalização para isto?"
E assim caminha a humanidade.
Não tem como argumentar com opiniões formadas erroneamente, que só aprenderão no dia em que existir fiscalização e multas para doer bem forte nos seus próprios bolsos, porque se dependermos de consciência individual... Ou quem sabe podemos pensar numa maneira de alfabetizar os cães abandonados, assim eles mesmos entenderão as placas "Proibido Cães na Praia".


Sandra Petersen - SOS CANASVIEIRAS

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um problema que só se agrava

O que falta para o Poder Público tomar uma providência definitiva?
De nada adiantou nossos esforços em busca de solução, o que demonstra que todas as evidências, documentação, abaixo-assinados, atestados médicos, depoimentos etc, devem estar mofando no fundo de uma gaveta dessas autoridades.
Se querem acabar com o maior patrimônio de Santa Catarina, que são as suas belezas naturais, e entre elas, as praias, parabéns, pois estão conseguindo.


sábado, 19 de outubro de 2013

Vamos refletir

Estamos entrando na SEMANA DO LIXO ZERO.
Ainda não temos o que comemorar, pois nossa luta por mais limpeza em todos os setores tem sido árdua.
Começando pela praia.
As vozes que clamam "QUEREMOS PRAIA LIMPA" não desistem. Há de chegar o dia em que este apelo chegue a todos os ouvidos e que seja atendido. Só assim teremos um planeta mais saudável e nossas praias serão frequentadas sem medo de ficarmos doentes.
Vamos refletir e agir.
O futuro e as novas gerações agradecem!

Sandra Petersen - SOS CANASVIEIRAS

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Leite derramado

Infelizmente mais uma morte em academia de musculação/ginástica pegou de surpresa a comunidade do norte da ilha na manhã de hoje.
O que falta para evitar estas tragédias?
Ninguém está livre de uma fatalidade, mas uma coisa é certa: Não se exigir atestados médicos dos alunos que frequentam qualquer academia, é no mínimo, falta de responsabilidade.
Tenho por hábito, sempre que me matriculo num local assim, ir ao médico, checar minha saúde, e com o atestado médico em mãos, apresentá-lo a quem de direito.
Mas isso é uma exceção, já que na cabeça da maioria das pessoas, se esta exigência for levada a sério, os alunos não vão mais querer frequentar, pois não teriam tempo a perder indo ao médico, então desmotivaria o exercício de uma atividade física. E quem sairia perdendo, obviamente, seria a academia.
Espero, sinceramente, que o que aconteceu na noite de ontem sirva de alerta, tanto para o empresário, quanto para o cliente.
E que as pessoas continuem, sim, frequentando as academias, cuidando de sua saúde, mas atentas para este detalhe que pode prevenir uma dor maior.

Sandra Petersen - SOS CANASVIEIRAS

domingo, 13 de outubro de 2013

Cachorro na praia – dor e tragédia

Ana Echevenguá

12 de outubro de 2013. Feriado, Dia das Crianças, calor, sol, alegria no ar... deparei-me com uma cena trágica na praia de Canasvieiras, Florianópolis, SC.

Uma adolescente gritava e chorava porque seu cãozinho branco foi abocanhado - na região do pescoço - por um cachorro maior... poderia ser um pitbull marrom; mas não posso afirmar porque nada entendo de cachorros.

As pessoas são solidárias em qualquer parte do Brasil. Para ajudar, um banhista dava pontapés no cachorro. Mas este não soltou a presa. Ato contínuo, o dono do cachorro atacante, que segurava a coleira, começou a agredir seu animal. Em vão, também. Outro banhista correu com uma pedra enorme, gritando: - vou bater com isso, acho que funciona!

Não sei o final da história. Acelerei o passo pra fugir daquele horror! E passei o dia mal, com aquelas imagens na cabeça.

O que fazer nessas horas? Agredir e matar o animal agressor?

Aqui, cachorro na praia é uma constante. Todo mundo acha bonitinho! Mas, neste caso, os cães estavam no lugar errado. Por quê? Porque em Florianópolis vigora a Lei Complementar 094/2001 que proíbe expressamente a presença de cães, gatos ou outros animais em praias.
Se o animal que atacou era um pitbull, há outra ilegalidade. Santa Catarina conta com a Lei Estadual 14.204/2007 que proíbe a criação, comercialização e a circulação de cães pitbull em Santa Catarina. Além disso, proíbe a circulação e permanência de pitbulls sem guias com enforcador e focinheira em ruas e locais de grande circulação de pessoas, responsabiliza proprietários e/ou condutores de pitbull por danos causados pelo animal;
prevê multa de R$ 5.000,00 em caso descumprimento e a reparação dos danos, independentemente da agressão ter sido contra pessoas ou animais.
Faço o relato para que medidas preventivas sejam pensadas. Uma atitude imprudente – levar para um espaço público um anmal potencialmente agressivo, sem os devidos cuidados - provocou uma tragédia.

O ataque foi a um cãozinho branco. E se fosse a uma criança?

Ana Echevenguá – advogada – OAB/SC 17.413
ana@ecoeacao.com.br - Instituto Eco&Ação – www.ecoeacao.com.br

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mais uma ilegalidade envolvendo o Rio do Braz



Ana Echevenguá, moradora de Cananasvieiras, Florianópolis, SC, Brasil.

Recebi esta mensagem, em 02 de outubro de 2013, às 14:53.

“O descaso com saneamento básico segue e prossegue no Norte da Ilha por parte da CASAN.
Hoje pela manhã a minha parceira do Coral Vozes em Sintonia e companheira de muitas lutas em Canasvieiras, Clarisse, em sua caminhada cedinho, mais uma vez viu o descaso de pessoas que se acham donos da Praia.
Ao lado do trapiche de Canasvieiras tem o famoso Rio do Braz, que todos sabem a problemática. Pois bem, ali uma retroescavadeira de uma obra (construção predial) estava simplesmente abrindo caminho do Rio do Braz para desaguar os dejetos cloacais, e todas as impurezas, em nossa Baía de Canasvieiras. O buraco já era tão grande que tinha, mais ou menos, de 4/5 metros de largura, passando por de baixo do trapiche, dificultando inclusive a passagem de pessoas para o outro lado e até para subir em direção aos barcos.
Estes empresários do Ramo Imobiliário não tem noção mesmo.
Não podemos ficar quietos. Nós todos somos responsáveis. Os Donos de Barcos precisam denunciar este desmande. Os moradores que presenciam isto regularmente também.
GENTE, ACORDEM! Estão poluindo dia após dia o nosso MAR.
Que praia iremos entregar para nossos turistas, para nós moradores. Chega, né?! Junto comigo tem pessoas que também estão ajudando (...) Mas, precisamos de todos!”

Como a mensagem foi repassada para vários destinatários, um deles assim respondeu:

“Sugiro, encaminhar o fato preferencialmente registrado em B.O. às Ouvidorias do Estado (FATMA, AGESAN, POLICIA AMBIENTAL e MPE) e ainda ao ICMBio, IBAMA, Prefeitura e suas Secretarias. E, em especial, à MIDIA E MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL.

Pelos conhecimentos que tenho, nenhuma movimentação de areia e/ou outro material no local poderia ser feita sem licenciamento competente.

Acredito importante também encaminhar denuncias aos emails dos representantes dos citados órgãos.

Existe o problema do EFLUENTE (esgoto) dito tratado na da ETE derivar para o citado Rio, quando deveria ser lançado em outro local, que representa um descaso, talvez crime ambiental. Agora, mais isto”.


Outro morador de Canasvieiras, também indignado, cedeu-me as imagens do fato narrado pelo senhor Falcão.

Não vou citar nomes. Mas, a situação é realmente caótica. Um crime ambiental atrás do outro. Comprometendo a nossa Baía de Canasvieiras. São duas tragédias anunciadas: o fim da balneabilidade e o descaso das autoridades!

Acho que devemos aproveitar as sugestões e começarmos, novamente, as reclamações aos órgãos competentes.

Quem sabe aparece alguém com boa vontade para reverter esse quadro!

domingo, 22 de setembro de 2013

Canasvieiras: abriu a barra do rio

Ana Echevenguá


“Os efeitos das chuvas fortes do final de semana de 22 e 23 de janeiro de 2013 prejudicaram os turistas no Norte da Capital. A qualidade da água do mar em Canasvieiras também acabou afetada com a presença de coliformes fecais. (...) O técnico da FATMA conta que (...), o balneário sofreu o rompimento da barra do Rio do Braz, próximo ao trapiche, ponto 22 do monitoramento realizado pela FATMA. O técnico destaca que este rio normalmente permanece com seu contato ao mar fechado, só rompendo em fortes chuvas e ação da maré. O técnico observa que o rio vem da antiga Colônia Penal, permeando por entre o bairro e recebendo provavelmente direta ou indiretamente contribuições de esgoto tendo inclusive próximo à foz a presença de Estação Elevatória de Esgoto que quando apresenta problemas extravasa para o rio o esgoto que deveria recalcar. De acordo com Marlon, nas avaliações que o rio do Braz sofreu por diversas oportunidades, sempre apresentou valores significativos de contaminação fecal, ou seja, ele serve como depósito de águas contaminadas...”
Fonte: http://floripamanha.org/2011/02/fatma-alerta-sobre-as-condicoes-de-balneabilidade-em-canasvieiras/

A leitura da notícia acima, para os moradores e usuários da Baía de Canasvieiras – um dos mais belos recantos de Florianópolis-SC, nada mais é do que a repetição do óbvio, uma tragédia anunciada aos quatro cantos do Planeta.

A Baía de Canasvieiras está impactada negativamente, faz tempo, pelo esgoto despejado na areia e nas águas.

É de conhecimento público que a empresa contratada pela administração pública do município é ineficiente, inoperante, imperita, imprudente...

Hoje, dia 21 de setembro de 2013, mais uma vez, a “barra do rio do Braz abriu” – expressão corriqueira por essas bandas... ou como bem falou o técnico da FATMA (nosso órgão fiscalizador estadual): o balneário sofreu o rompimento da barra do Rio do Braz, próximo ao trapiche, ponto 22 do monitoramento realizado pela FATMA.

Traduzindo em miúdos: o rio encheu por causa da constante chuva que cai na Ilha da Magia, misturada ao esgoto lançado no Rio, ultrapassou a faixa de areia que o segurava e chegou ao mar.

Agora, o mar está poluído, com excesso de coliformes fecais. Escuro e fétido.
E a culpa é de quem? Ora, da chuva, dos moradores que não ligam sua rede de esgoto à rede coletora deste, ...

Em momento algum, aventa-se a possibilidade de falhas no sistema de tratamento pelo qual pagamos regiamente, mês a mês.

O crime ambiental acontece; mas o silêncio é geral. Conivência por conveniência.

Psiuuu! Este é um tema complexo para ser exposto. Não se pode falar da praia poluída sob pena de espantarmos o turista, uma das principais fontes de renda da Ilha da Hipocrisia.

O melhor a fazer é rezar pra parar a chuva e juntar dinheiro pra pagar a conta de água e esgoto que chega às nossas casas todo mês.


Ana Echevenguá, advogada, OAB/SC 17.413, presidente do Instituto Eco&Ação, e-mail: ana@ecoeacao.com.br.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Gente que faz

Uma das iniciativas mais bacanas aqui em Canasvieiras é o trabalho de tres amigas, Tati, Kamile e Vivian, que dispõem de uma parte de seu tempo em favor dos animais de rua. Cães e gatos que vagueiam sem rumo e que muitas vezes são descartados como coisas que não servem mais para nada. Muitos deles são vítimas de maus-tratos e da indiferença do ser humano.

O que elas fazem?
Acolhem, levam ao veterinário, vacinam, esterilizam, medicam, dão banho, ração... Enfim, dão dignidade a esses seres amorosos e os colocam prontos para adoção. Mas elas, apesar de generosas, não conseguem tudo sozinhas. Precisam da ajuda de outros voluntários para este projeto dar certo. E tem dado!

Em Canasvieiras, nos últimos anos, a população de animais de rua diminuiu consideravelmente, graças aos eventos que elas promovem. É o brechó que acontece quinzenalmente, na avenida Madre Maria Vilac, em frente ao Poko Preço, o Café Colonial, que já se tornou tradição e ocorre anualmente na Lanchonete e Restaurante Malukus, as rifas, e mais algumas ações isoladas de pessoas dispostas a ajudar, como exemplo, oferecendo suas casas como Lar de Apoio a estes mascotes, até serem adotados.

Eu faço isto: Minha casa já se tornou um "hotelzinho" ou uma "creche" para eles, quando elas estão sobrecarregadas, e esta atitude me faz um bem enorme, pois recebo o amor incondicional desses seres iluminados que estão no nosso caminho para cuidarmos deles.

Tati, Kamile e Vivian são da geração GENTE QUE FAZ e que fazem a diferença mesmo, pois iluminam o caminho escuro dos animais e amam o lugar que escolheram para viver.

Para buscar apoio, elas convidam todos a participar da MACARRONADA BENEFICENTE DIA DOG FELIZ, que acontecerá dia 24/09/13, terça-feira, às 20h30, no Restaurante Boka´s, em Canasvieiras.

O cardápio será preparado pelo chef Blaise Bourbonnais. Teremos música ao vivo com a magnífica Ana Negrello, além da apresentação de dança da Academia JT Dance e sorteio de brindes.

O valor do convite é RS 20,00. A bebida não está incluída. Crianças a partir de 8 anos de idade pagam o valor inteiro.

Sandra Petersen - blog do SOSCANASVIEIRAS

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE DA ILHA

Por José Luiz Sardá
Geógrafo e Gerente Regional de Projetos Especiais
SDR Grande Florianópolis

Atualmente a descentralização dos serviços públicos vem sendo reconhecida pela sua eficácia, pois para que haja o desenvolvimento de uma região, devem-se considerar ações conjuntas, fundamentadas  nas peculiaridades e características locais ao desenvolvimento desta região.

O Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha – CODENI vem trabalhando com esta premissa. Seu objetivo principal é articular e motivar o desenvolvimento econômico sustentável, o engajamento, a integração e a participação da sociedade civil local organizada. Deste modo, colaborando e auxiliando para
concretização do Plano Diretor de Florianópolis, em especial a região Norte da Ilha, no âmbito dos distritos de São João do Rio Vermelho, Ingleses, Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras, Ratones e Santo Antônio de Lisboa.

Recentemente o CODENI realizou no Sapiens Parque oficinas temáticas divididas nos eixos: Social, Econômico, Ambiental e Infraestrutura. Essas oficinas foram ministradas por atores sociais diversos com afinidade e conhecimento específico em relação a cada tema. Fizeram parte deste encontro representantes dos diversos órgãos do município, organizações e setores que compõem a realidade regional. Estas oficinas foram de fundamental importância para elaboração do Plano de Desenvolvimento do Norte da Ilha.


As informações dos aspectos econômicos, ambientais e sociais proporcionarão um diagnóstico real da situação e das demandas da região, possibilitando um exame detalhado das necessidades mais urgentes para o desenvolvimento desejado. Este conselho é de fundamental importância e poderia ser um instrumento legalmente constituído servindo de referência as outras regiões do município de Florianópolis.

Penso que o poder executivo poderia instituir um Projeto de Lei criando o Conselho Municipal de Desenvolvimento das Regiões Norte, Sul, Leste, Centro e Continente. Seria o instrumento norteador que auxiliaria as futuras subprefeituras, criadas recentemente pelo executivo.

Estes conselhos auxiliariam o prefeito no processo de planejamento com a participação dos atores sociais locais, explorando e aproveitando as potencialidades destas regiões, ajudando a remover os entraves para desenvolvimento e investimentos a curto, médio e longo prazos, de acordo com as necessidades e demandas, tendo como base o orçamento participativo.

O Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha – CODENI deve ser entendido como uma ação estratégica, que visa orientar de forma sistematizada a construção de novas relações interinstitucionais, contribuindo para a consolidação da descentralização administrativa municipal.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Convite

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sábado, 10 de agosto de 2013

O Cotidiano dos Moradores de Canasvieiras e Região Norte da Ilha de Santa Catarina

Por José Luiz Sardá
Edição 20 / Jornal Floripa Norte

Entre 1748 e 1756 com a chegada de 6.000 colonizadores açorianos começaram a desenvolver-se nas Freguesias do interior da velha Desterro as atividades sociais e econômicas. A partir daí, estes imigrantes ocuparam as diversas freguesias e arraiais da ilha: Ao norte as de Canasvieiras, Santo Antônio de Lisboa e São João do Rio Vermelho. Em 1823 Desterro foi elevada à categoria de cidade, tornando-se capital da Província de Santa Catarina. Naquela época a economia era voltada a subsistência de seus habitantes.
A pesca artesanal e a agricultura eram expressivas. Houve períodos de abundância comercial, em função das atividades portuárias, alfandegárias e do comércio de cabotagem, oriundo das safras da pesca e das colheitas das roças do continente e das freguesias do interior da Ilha. Na freguesia de Canasvieiras e arraiais circunvizinhos, nativos pescavam e labutavam nas roças e pastagens. Os pescadores após um dia no mar voltavam para suas casas com olhares de satisfeitos, trazendo nas mãos cambulhões de peixes frescos e pensando na arrumação da criação e do gado ao abrigo da noite.

As mulheres quando a maré baixa favorecia desciam as praias e junto aos costões repletos de mariscos desde a Ponta do Rapa até a ponta Grossa, apanhavam e enchiam seus samburás com este precioso molusco. Cavalos arreados eram utilizados pelos homens para percorrer longos caminhos pelos arraiais. Usavam carroças, carros de bois e charretes que serviam para o transporte diário do peixe e produtos hortifrutigranjeiros até o mercado público. Assim era o cotidiano dos pescadores e agricultores das freguesias no interior da Ilha.

Essa gente vivia num ambiente bucólico entre morros, campos, caminhos, pastagens, áreas alagadas, vielas, picadas, trilhas íngremes, plantações de cafezais, bananeiras e lindos laranjais. Muitos moravam em vistosos casarios luso-brasileiros, casas térreas de alvenaria com seus telhados coloniais de cores vivas. Armazéns de secos e molhados, vendas, engenhos, casebres de pau a pique feitos pelas mãos dos pobres nativos. Casas rurais com janelas e portas, cujos donos eram proprietários de plantações de café, mandioca, cana-de-açucar e milho. A hospitalidade, a simpatia, a sinceridade, o sotaque e o linguajar rápido era uma marca do povo ilhéu.

Contavam-se estórias e lendas de lobisomens, bruxas e aparições de fantasmas, que surgiam no clarão da lua cheia. Falava-se que nos caminhos sombrios e escuros, quem tinha medo não se arriscava a passar por lá, pois o assoviar do vento e farfalhar das folhas nas bananeiras, nos espinheiros, milharais e cafezais formavam sombras assustando os medrosos. Afirmavam que apareciam assombrações na antiga Estrada Real, conhecido pelo nome morro do Maurício, atual Leonel Pereira que liga Cachoeira do Bom Jesus a Ingleses.

Na religiosidade, pregava-se o culto ao Divino Espírito Santo e ao Senhor dos Passos e a tradicional festa do Bom Jesus. As devotas durante as noites com seus rosários em mãos reuniam-se em suas casas para a reza do terço e novenas. A procissão de Corpus Christi era celebrada com missa e procissão. O átrio das igrejas e as estradas eram ornamentados com tapetes de flores à adoração ao Santíssimo Sacramento. Nas comunidades pesqueiras em fevereiro era realizada a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, protetora dos Pescadores.

Na herança cultural os Ternos de Reis, as benzeduras, as receitas homeopáticas, supertições e a mitologia ilhoa de Franklin Cascaes. Na literatura o Pão-por-Deus, provérbios e expressões típicas, o artesanato, a culinária, musicalidade, a produção artesanal da cachaça e cestarias em bambu e cipó. As tradicionais manifestações artísticas, culturais de danças e folguedos populares, como o boi-de-mamão, pau-de-fita, a ratoeira e o camcubi, envolviam os arraiais das Freguesias desde São João do Rio Vermelho, Lagoinha até a Ponta Grossa. Outro folguedo tradicional e polêmico do ilhéu é a farra-do-boi, que acontece na semana que antecede a Páscoa.
A brincadeira consiste em soltar o boi xucro em campo aberto ou em mangueirões e os farristas passam a excitá-lo ao enfrentamento. Atualmente está proibido por lei em Santa Catarina.
Nas festas de São João, famílias se reuniam e faziam lindas fogueiras e distribuíam guloseimas, rapaduras e pinhões. Imagino a felicidade das pessoas assistirem o espocar dos foguetes, a alegria e algazarra das crianças soltando busca-pés deixados abaixo de uma lata, aflitos esperando o estouro e estardalhaço deste artefato.

Em outubro de 1845 quando da visita que Dom Pedro II a freguesia de Santo Antônio de Lisboa para conhecer a Igreja Nossa Senhora das Necessidades construída entre 1750 e 1756, conta-se que estava programada a visita do Rei a Freguesia de Canasvieiras. A população local dos arraiais circunvizinhos aguardava com expectativa a nobre visita, mas devido uma tempestade acabou não acontecendo. Esta visita era para conhecer o povoado e a Igreja de São Francisco de Paula, padroeiro desta comunidade. Para a passagem do Rei foi feita uma picada entre a praia e igreja, a qual originou o nome Caminho do Rei, atual José Bahia Bittencourt. Há anos um projeto de lei municipal mudou o nome desta rua, ignorando sobremaneira aspectos históricos e relevantes a memória de Canasvieiras.

Quando falecia um ente querido, tinha-se o costume de realizar o velório na sala de visita por longas horas, para que desse tempo dos amigos e familiares distantes chegar para o último adeus. O caixão mortuário era feito por marceneiro amigo da família. Assim o féretro seguia caminho na lentidão do rodado e do chiado sobre o estrado do carro de boi, que fora cuidadosamente enfeitado pelas mulheres com fazenda preta e protegido do sol, com finas estacas de bambus arcados, para ser sepultado no cemitério da Igreja de São Francisco de Paula. Nele estão sepultados os entes queridos de famílias tradicionais destas freguesias. Exímios carpinteiros com habilidade e destreza faziam engenhocas, peças de engenhos, baleeiras e canoas esculpidas no tronco de garapuvu.

A pesca da tainha era uma festa, todos corriam a praia para ver os lanços de rede. Sentados nos cômoros de areia ou nas dunas, reuniam-se compadres e comadres das circunvizinhanças. Rapazes e raparigas dos arraiais enamoravam-se nas praças, nas festas de igreja, nos engenhos de farinha, ou bailando e ouvindo cantigas de amor nas domingueiras. Neste ambiente festivo eles se flertavam e começavam o namoro. Alguns pais não permitiam o namoro por serem jovens ou parentes próximos. Mas reconhecia que o pretendente era de boa família, honesto, ladino e trabalhador. Diante da discórdia do pai, a filha recorria à ajuda da mãe, que com insistência conseguia o consentimento dele.

Sem o consentimento dos pais, os enamorados faziam a fuga matrimonial. Esta estava associada às proibições dos cônjuges que tivessem alguma proximidade parental, pois ambos eram primos de primeiro ou segundo grau. Acontecia durante a noite, em horário e local previamente combinado pelos cônjuges. As mulheres eram levadas a morar com a família do marido e assim uniam-se. Passado algum tempo realizavam o casamento perante um juiz de paz ou no religioso. Após este acontecimento, o casal retornava para sua comunidade onde eram reconhecidos por todos como casados. Geralmente na partilha dos bens as mulheres não recebiam a herança de sua família, mas ganhava a herança do marido e os filhos desta união não levavam o sobrenome materno. Se a mulher “morresse de família”, isto é, durante o parto e viesse a ter filho, este não ficava com o marido ou com a família dele.

Assim casamentos e batizados eram realizados nas Igrejas das Freguesias. Para a festa de casamento eram convidados parentes próximos do lugar, amigos da roça e da pesca do noivo e da noiva, compadres e comadres. Enquanto na igreja era realizada a cerimônia matrimonial, familiares dos noivos ficavam em casa preparando o banquete.

domingo, 4 de agosto de 2013

Utilidade pública



Pesquisa Indica Filtro de Barro Brasileiro Como Mais Eficiente do Mundo

Nós, brasileiros, temos provavelmente o melhor sistema de filtragem de água nas mãos, há muito tempo, e nem mesmo sabíamos disso. Pesquisas norte americanas apontaram que os filtros tradicionais de barro com câmara de filtragem de cerâmica são muito eficientes na retenção de cloro, pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95% de retenção) e ainda retem 99% de Criptosporidiose, um parasita causador de doenças.

Essas conclusões são baseadas nas pesquisas demonstradas no livro The Drinks Water Book, de Colin Ingram, ótima referência para pesquisas sobre sistemas de filtragem de água.

As pesquisas revelam que s sistemas mais eficientes são baseados na filtragem por gravidade, onde a água lentamente passa pelo filtro e goteja num reservatório inferior, justamente como são os filtros de barro no Brasil. Esse sistema mais ‘calmo’ de filtrar a água garante que microorganismos e sedimentos não passem pelo filtro devido a uma grande pressão exercida pelo fluxo de água.

Essas conclusões levam a crer que quando um filtro de água sofre uma pressão devido ao fluxo da água da torneira ou da tubulação, o processo fica prejudicado, pois a pressão sobre o conjunto faz com que microorganismos, sedimentos ou mesmo elementos químicos como ferro e chumbo passem pelo sistema chegando ao copo do consumidor.

Por fim a pesquisa revela também que muitas das tecnologias que são lançadas no mercado não tem muita utilidade, pois, em geral não impedem que elementos perigosos como o Fluor ou Arsenio passem pelo processo de filtragem, assim sendo suficiente a compra de um filtro simples de gotejamento e cerâmica.

Assim é sempre bom ficarmos atentos na compra de produtos que são importantes a nossa saúde e, sempre analise bem o produto de acordo com a sua real necessidade.

Fonte: MetaEfficient

sexta-feira, 26 de julho de 2013

No dia em que....


Em uma semana, prenderam suspeitos de corrupção em Palhoça.

Na semana seguinte, nevou no morro do Cambirela, depois de muito tempo, na mesma cidade.

Chegará o dia em que postaremos fotos da neve em Canasvieiras e Norte da Ilha.

Da mesma forma chegará o dia em que noticiaremos o mar limpo, sem esgoto e com o turismo responsável proporcionando às pessoas muita saúde e felicidade.

Milagres acontecem.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Seria legal em Canasvieiras também...

Oficina face à face
( uma boa roda de conversa)

Propomos a você um espaço e tempo para encontrar-se com você, com outras pessoas e com temas do mundo atual: desde a solidão da vida pós-moderna, relacionamentos, família, criação de filhos, drogas, atividade profissional, vida afetiva, perdas, mudanças, espiritualidade e outros...

Somos duas profissionais da área da saúde que atuarão como facilitadoras/mediadoras em encontros semanais de pequenos grupos, através de textos, artigos, material de mídia, filmes e demais recursos do gênero; promovendo uma prazeirosa Roda de Conversa entre os participantes, atividade esta, um tanto esquecida em meio à avalanche tecnológica e tão necessária à integração dos afetos, ao exercício da empatia, à percepção do outro e de si e a dimensão da genuína convivência social.

Profissionais
Maira Landes
Bacharel em Artes Cênicas, Psicóloga, Psicanalista
( Formação RJ)

Valesca Camillo
Psicopedagoga Clínica
Coach ( SBC )
Formação ( RS-SP / Itália )

Início das oficinas: 
Agosto/2013, com encontros a tarde e a noite- Bairro Campeche- Florianópolis
Informações pelos fones:
( 48) 84349191-Oi
( 48) 33383733
( 48) 91340381-Vivo

Emails de contato: 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

SAPIENS PARQUE/APESCAN

Por José Luiz Sardá
Geógrafo e Gerente Regional de Projetos Especiais
SDR da Grande Florianópolis

Hoje o Sapiens Parque é uma realidade, empreendimentos estão sendo construídos e outros previstos para médio e longo prazos. O Centro de Convenções de Canasvieiras também irá propiciar um marco histórico na região. Surgirão novas possibilidades de negócios. Vislumbro um novo turismo para Florianópolis e em especial para região Norte da Ilha. Um turismo sério, equilibrado, profissional e constante para os setores turísticos e econômicos na região.

Diante deste quadro promissor que irá gerar novos produtos e serviços a sociedade, a diretoria da Associação de Pescadores de Canasvieiras - Apescan, apresentou a direção do Sapiens Parque uma proposta de cunho socioambiental que consiste em mitigar a extinção da espécie peixe robalo, objetivando o repovoamento da espécie na Baía de Canasvieiras, rios e lagoas da Bacia hidrográfica do Rio Ratones, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades pesqueiras da região.

A idéia é introduzir a reprodução dessa espécie e de outros peixes nos dois lagos que estão sendo construídos no Sapiens Parque. Posteriormente o repovoamento, atividades de educação ambiental e de lazer.  As associações de pescadores da região seriam parceiras neste projeto, formando cooperativa, construindo açudes e viveiros tanques-redes para a engorda, consumo próprio e comercialização. A Prefeitura Municipal de Florianópolis através da (Secretaria da Pesca e Maricultura, Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis – Igeof, Secretaria da Educação, Secretaria de Turismo e Esporte) seriam parceiras no planejamento e execução, buscando dinamizar a economia e o potencial desta atividade.

Este projeto propiciaria aos pescadores artesanais de Canasvieiras e região a viabilização econômica da atividade extrativista da pesca, potencializando a geração de emprego e renda, numa relação direta de parceria entre estes profissionais, atendendo restaurantes, bares e hotéis da região.

Torço pelo sucesso, por tratar-se de um projeto que promove o desenvolvimento econômico e socioambiental, aproximando a comunidade do Sapiens Parque. Idéias desta natureza devem ter apoio das autoridades e dos gestores públicos, pois irá gerar potencialidades e possibilidades para uma melhor qualidade de vida aos pescadores e moradores da Região Norte da Ilha.

Necessário ainda a parceria da Fundação Certi, Fatma, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Secretaria de Estado de Agricultura e da Pesca, Epagri, Cidasc, Ufsc, Udesc, Acif, Associações de Moradores e entidades representativas da Região.

terça-feira, 16 de julho de 2013

PESCA, AGRICULTURA E COMÉRCIO NO NORTE DA ILHA

Edição de Julho 2013 do JORNAL FLORIPA NORTE.
Distribuição em todo Norte da Ilha de Canta Catarina.
Por José Luiz Sardá.

Sobre a pesca, agricultura e comércio em Canasvieiras Virgílio Várzea cita no livro: Santa Catarina, a Ilha 1900, “que a pesca é aí muito farta também e de todas as freguesias da Ilha esta é, por sem dúvida, a que possui maior número de redes... “que as terras de Canavieiras são ubérrimas e nelas se cultivam a mandioca, a cana, o feijão, o milho, o algodão, a videira e o café, que, insignificante há vinte anos, constitui hoje a sua principal produção”... “que havia então certo número de canoas de voga de quatro e seis remos, da lotação de 100 a 200 alqueires — pertencentes na maior parte ao velho Areias — singrando constantemente, abarrotadas de carga, entre a capital e Canavieiras (estas mercadorias eram levadas dentro destas enormes canoas ao longo do Rio Papaquara que na época possuía calado alto)... “a Venda dos Areias tomou o nome de um velho português que aí residiu muitos anos, com uma dessas casas de negócio da roça onde se vende toda espécie de artigos e gêneros”.

Fico a imaginar as manhãs frias de inverno, nas primeiras décadas do século passado, período da pesca da tainha quando os pescadores de Canasvieiras e localidades vizinhas deixavam os afazeres de lavoura a cargo das mulheres, seguindo direção aos diversos ranchos de pesca da orla da praia de Canasvieiras. As mulheres em casa cuidando da lida doméstica. Muitas delas fazendo renda de bilros. Além do trabalho de rendeiras, colhiam, pilavam e torravam café. Atualmente são poucas nativas que sabem fazer renda de bilros. Para chegar à praia, percorriam diversos caminhos que ligavam a freguesia. Uns seguiam pelo caminho do Rei, atual José Bahia Bittencourt, ou Chico Helena que levava até a Praia da Galega, da Pinguela, das Flores e do Balneário, Milton Leite da Costa.

Para a pesca, vinham pescadores das freguesias de Ratones, Vargem Pequena, Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande e Cachoeira do Bom Jesus. Os donos dos ranchos de pesca eram nativos de famílias tradicionais, a saber: Vida, Evaldo Brasil, Nicanor dos Santos, Manoel Sardá, Joaquim da Ilhota, Zilico, Joca Rufino, João Firme, Timóteo Siqueira, Deca do Belo, Dezinho Pacheco, Leôncio e Manoel Schoroeder. 

O vigia da pesca de arrastão tinha de ser um pescador com boa visão e experiência. A missão do vigia era avistar o cardume, observar a mudança de coloração d’água para vermelho escuro ou roxo e o saltar alto do peixe. Abanando um chapéu ou casaco, alertava outros pescadores que ficavam junto à praia, na espera de lançar a rede ao mar. Inicia-se o cerco, um deles na praia segura o cabo da rede e a canoa começa a descrever um semicírculo. Dentro dela vai o patrão, quatro remadores e o chumbelero e em cadência a rede é jogada ao mar, retornando na outra ponta. A função do patrão é soltar a rede dando equilíbrio à canoa na medida seguindo mar adentro. Ao retorno da canoa, uma extremidade do cabo é amarrado num dos bancos e o chumbelero dá equilíbrio à embarcação.

Em terra os camaradas aflitos esperam a ordem para começar a puxar a rede com força e cuidado, a rede é deixada na areia e recolhida ao final do arrastão. Terminado o arrastão é realizada a partilha do pescado. A metade fica para o dono da rede, a outra fica para os pescadores. Aquele que dirige a canoa ganha quatro quinhões, o patrão ganha três, sendo da porcentagem dos camaradas e a do dono da rede. O remador ganha dois e os camaradas ganham um. Naquela época a fartura era tanta que ninguém voltava para casa de mãos vazias. O dono da rede sempre dava tainhas para os amigos e parentes dos pescadores.

Hoje a escassez deste peixe é uma constante. Atualmente na praia de Canasvieiras restam apenas três ranchos. Um pertence à Associação de Pescadores de Canasvieiras, que foi fundada em abril de 2005, cujo objetivo é preservar a tradição e a cultura da pesca artesanal. Outros são de nativos, que servem para a guarda dos apetrechos de pesca e esporádicas incursões ao mar.

A partir da década de trinta começam a ser construído um novo modelo de engenho; o de mastro ou rolete. Esses engenhos eram feitos na ilha, por exímios carpinteiros. Nesta época existiam na Freguesia de Canasvieiras quatro engenhos de farinha, todos pertencentes a famílias tradicionais desta localidade: do Timóteo Siqueira, Sergio Souza, Marciano Barcelos e Severo Vieira. Geralmente anexo a estes engenhos havia outras engenhocas: de alambique, outra para descascar arroz, socar milho, para pilão de café e o tear. Dos engenhos que ainda restam no norte da ilha à maioria é movido à eletricidade. Atualmente não temos mais engenhos de farinha em Canasvieiras. Nesta operação toda a família era envolvida, incluindo as crianças.

Naquele tempo os agricultores e pescadores trabalhavam muito, mas sempre quem ficava com o lucro eram os proprietários das canoas de pesca. Os atravessadores tinham caminhões para transportar as mercadorias até Florianópolis, entre eles dois nativos de Canasvieiras, senhor Higino Brito e Olimpio Calazans. Naquela época o dinheiro em moeda papel circulava pouco, o mais comum era o escambo, isto é, a troca de um produto por outro. Plantava-se muito café, cebola e nozes que era utilizada para fazer para fazer o óleo vegetal e sabão.

Início da década de vinte começaram a surgir na freguesia de Canasvieiras ao longo da Estrada Velha (Virgílio Várzea e Tertuliano Brito Xavier) Armazéns de secos e molhados e Vendas. Seus donos eram nativos de famílias tradicionais de Canasvieiras: Antônio Cunha, Dona Dudu, Manoel Dedeca, Marçal, Gigi Brito, Tomaz Vieira, Cido Brito, Tinho Machado, João Silvy, Anselmo e Izidoro Santos.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Reivindicação insólita

Aproveitando a onda de protestos no Brasil, só falta aos moradores de Canasvieiras pedirem aos céus o "poder de levitar".

Sim, é isso mesmo!

Para podermos usar as calçadas, só desta maneira. E são muitas espalhadas pelo bairro que chamam a atenção pelo desleixo de seus proprietários, onde o mato e lixo espalhados são os protagonistas.

A "calçada" que aparece na foto está localizada na Rua José Daux, quase em frente à Padaria Mangutti.



segunda-feira, 1 de julho de 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Momento Atual


Depois de um comentário sobre o SOS Canasvieiras, onde se lia que o nosso movimento "agoniza mas não morre" não tivemos como não relacionar esta afirmação com o momento que estamos vivendo no Brasil.

Antes tarde do que nunca!

O brasileiro agoniza mas não morre. Ainda bem que reagimos, ou melhor, agimos!

Nós, do SOS Canasvieiras não desistimos de lutar por uma sociedade justa, e o que mais queremos é que o poder público se conscientize e salve nossas praias dos graves crimes ambientais cometidos ao longo dos anos.


Parabéns a todos aqueles que vão às ruas para defender nosso país da ganância de uma minoria.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Cidade envia cocô de cachorro pelo correio para donos mal-educados

Em Florianópolis faltaria embalagem pra tanto cocô!!!

Fonte: Folha de S. Paulo

Uma cidade da Espanha colocou em prática uma forma criativa de lembrar aos donos de cachorro sobre a importância de se limpar o cocô que seus animais deixam espalhados pelo município durante os passeios.

Um grupo de 20 voluntários se reuniu por uma semana em Brunete para mandar cocô pelo correio aos donos dos animais que não recolhem as fezes dos mascotes.

Para colocar em prática o plano, os voluntários seguiam as pessoas que não recolhiam os dejetos de seus animais e iniciavam uma conversa informal. "Com o nome do cão e a raça foi possível identificar o proprietário a partir das informações em um banco de dados na Câmara Municipal", explicou um porta-voz do conselho para o jornal "The Telegraph".

Os voluntários então colocaram as fezes em caixas com a inscrição "propriedade perdida" e as entregaram na casa dos donos.

A campanha foi realizada de graça por uma empresa de publicidade que ganhou o prêmio "Sol de Plata" em um festival de propaganda.

No total, foram feitas 147 entregas na cidade de 10 mil habitantes. Como resultado, o número de fezes de animais nas ruas da cidade caiu em 70%.

No ano anterior, uma outra iniciativa similar fez com que um "cocô" controlado remotamente perseguisse os donos mal-educados.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dia Mundial do Meio Ambiente

Não temos nada para postar. Nosso blog fala por si!Só gostaríamos que as pessoas tirassem alguns minutos do dia para repensar no que estão fazendo pelo nosso planeta.

terça-feira, 21 de maio de 2013

BREU!


Desde que a SC 401 foi duplicada, na entrada de Canasvieiras estamos fadados à escuridão.

É um absurdo, principalmente depois que o sol se põe, as pessoas terem que caminhar no acostamento, andar de automóvel, de ônibus, ou andar de bicicleta,  totalmente no escuro,  à mercê da sorte.

Sim, só contando com a sorte, pois se dependermos de postes iluminados, não sabemos até quando.

Fazemos um apelo aos órgãos competentes que resolvam esta questão o quanto antes.

Fica mais bonito e principalmente mais seguro.

domingo, 12 de maio de 2013

Que fedor!

Se foto tivesse cheiro, ninguém entrava mais neste blog.
A Prefeitura foi muito ágil e eficiente na hora de limpar a praia, infestada por milhãres de camarões mortos na sexta-feira.
Porém, deixaram os sacos entregues às moscas, apodrecendo nas esquinas, à espera dos caminhões da Comcap na segunda-feira. Custava fazer o serviço bem feito?

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Cinema em Canasvieiras

O pré-FAM Festival Audiovisual do Mercosul, é uma realização da Associação Cultural Panvision em parceria com cineclubes e instituições capacitadas para a exibição audiovisual em suas comunidades. A associação disponibiliza do seu acervo os ganhadores da última edição do Florianópolis Audiovisual Mercosul, confeccionando cinco diferentes programas para exibição nos pontos parceiros.

Esta mostra Itinerante acontecerá no espaço de Cultura digital, floripa Interativa(Sapiens), numa parceria com o cineclube carijó e outros apoiadores, estes representados pelas associações, conselhos, ong's e grupos que tem por objetivo o bem comum para nosso lugar. A entidade ou grupo apoiará, simplesmente divulgando a ação e participando das sessões.

Em Canasvieiras acontecerão 4 sessões

dia 14 Terça-feira
19:30h - Programa 1

dia 15 Quarta-feira
19:30h - Programa 3

dia 18 Sábado
às 18h - Programa 3às 19:30h - Programa 5

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PROGRAMAÇÃO

5 Sessões

Programa 1

Não, Senhor! 
De Gabriela Brandão
Brasil,2011,29:52, documentário, classificação indicativa:livre, SC

História da greve feita por praças (policiais de baixa patente) da Polícia Militar no ano de 2008 em Santa Catarina e suas conseqüências.

Juri Popular:Melhor Filme

Quando Morremos a noite 
De Eduardo Morotó
Brasil, 2012,20:00|, ficção (35mm e Vídeo), classificação indicativa:18 anos, RJ

Raúl conhece a mulher mais cheia de vida que já encontrou. A partir do conto "A Mulher Mais Linda da Cidade" de Charles Bukowski.

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul: Melhor Filme, Melhor Ficção, Melhor Fotografia (Marcelo Martins Santiago), Melhor Direção de Arte (Carlos Olivares)

Trailler no youtube: http://livresfilmes.com/?p=141

Ser Tão Cinzento 
De Henrique Dantas
Brasil,2011,26:37, documentário (35mm e Vídeo), classificacão indicativa: 12 anos,BA

Ser Tão Cinzento é um documentário de curta metragem que busca recriar a memória do filme Manhã Cinzenta, do cineasta autodidata Olney São Paulo, uma das mais belas e contundentes obras cinematográficas produzidas sobre o período da Ditadura Militar. O documentário se utiliza das imagens de Manhã Cinzenta exibidas integralmente, como no filme original, em diversos suportes, unindo as diferentes memórias nas vozes dos entrevistados que assistem ao filme 40 anos após sua realização. Ser Tão Cinzento, através do discurso de Manhã Cinzenta, narra as atrocidades cometidas durante a Ditadura Militar

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul: Melhor Documentário

Programa 2

De lá para cá 
De Frederico Pinto
Brasil, Colômbia, 2012
14:00, ficção (35mm e Vídeo), classificação indicativa:livre, DF e RS

Ciro é segurança e trabalha de noite. Clarisse é doméstica e trabalha de dia. Os dois são casados, moram na região metropolitana e trabalham em Porto Alegre. Andam de lá pra cá e só se encontram na estação do Trensurb. Um vínculo frágil, mas que ainda os une.

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul: Melhor Som (Gabriela Bervian)

Fibra 
De Fernando Evangelista, Juliana Kroeger
Brasil,2012,25:00, documentário (video), classificação indicativa:livre,SC

Fibra é um documentário sobre a Coepad, a primeira cooperativa no Brasil, e uma das únicas no mundo, formada por portadores de deficiência intelectual. Com papel reciclado, a Coepad produz agendas, cadernos, canudos de formatura, bolsas ecológicas, entre outros produtos

Juri Oficial da Mostra Catarinense: Melhor Filme.

Trailer youtube: http://vimeo.com/35545111

Imperfeito
De Gui Campos
Brasil,2012,14:20, ficção (35mm e Vídeo), classificação indicativa:livre,DF

Isa e Nando se encontram por acaso. E percebem que talvez sejam mais que desconhecidos.

Juri Oficial da Mostra de Curtas Mercosul: Melhor Montagem, Melhor Trilha Original (Julia Ferrari)

Trailler no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=MKFzc48KdM0

Querença
De Iziane Filgueiras Mascarenhas
Brasil,2012,19:14, ficção (35mm e Vídeo), classificação indicativa:12 anos,MG

Num tempo e lugar onde as mulheres eram apenas parte dos pertences de um homem, Lidia, teima em existir, mais do que viver até... Era uma cangaceira com o poder de desejar. Zé Baiano, seu marido, tinha o poder de vida e morte. Era um bicho a defender e marcar seu território. E Lídia comete o pior dos crimes, segundo as leis do cangaço: Traição.

Juri Oficial de Mostra de Curtas Mercosul: Menção Honrosa Melhor Fotografia (Antonio Luiz Mendes)

Programa 3

L
De Thais Fujinaga
Brasil,2011,21:00,ficção (35mm e Vídeo),classificação indicativa:12 anos,SP

Teté odeia seus pés. Quando conhece Héctor, um simpático descendente de chineses, ela decide mudar sua aparência.

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul – Melhor Direção

Juri Popular – Melhor Filme

Trailler no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=UE3dR_VL3og

A Arte de Andar pelas Ruas de Brasília
De Rafaela Camelo
Brasil,2011,17:40,ficção (35mm e Vídeo),classificação indicativa:16 anos,DF

Duas garotas se encontram na cidade.

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul: Melhor Atriz (Ângela Amorim)

Lápis de Cor
De Alice Gomes
Brasil,2011,16:00,ficção (video),classificação indicativa:livre, RJ

Cláudio é um menino pobre que vive sozinho com a mãe e adora desenhar. Seu pai abandonou a família e Cláudio imagina que se um dia fizer um desenho colorido do pai, ele voltará. Só que Cláudio não tem lápis-de-cor. Ele consegue 3 lápis de cor mágicos, mas sua mãe só deixa ele usar uma cor por dia.
Júri Oficial e Popular da Mostra Infantojuvenil: Melhor Filme

Trailler no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=VJP_u3VeNnI
Não Deixe Joana Só 
De Cecilia Engels
Brasil,2012,15:00,ficção (35mm e Vídeo), classificação indicativa: livre,SP

A paradoxal relação de Joana com seu pai, alcoólatra e palhaço.

Juri Oficial Mostra de Curtas Mercosul: Menção Honrosa de Melhor Ficção, Melhor Roteiro, Melhor Ator (Carlos Biaggilo)

Trailler no youtube

http://www.youtube.com/watch?v=PzcypQKqwi8&list=UUj1-LVE1OdMgdkYrzk1Q4cw&feature=plcp

Programa 4

O Liberdade
De Cíntia Langie, Rafael Andreazza
Brasil,2011,01:11:00,documentário (video),classificação indicativa:livre,RS

No extremo sul do Brasil existe há quase 40 anos o bar e restaurante Liberdade: local extremamente simples no qual se apresenta o grupo de choro Avendano Jr. e o Regional. O documentário "O Liberdade" conta a história desse estabelecimento através do depoimento das pessoas que são a alma do local - um bar onde a paixão pela música é o elo que liga frequentadores e músicos

Juri Oficial Doc-FAM: Melhor Documentário

Trailler no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=xuMS_FLaOdE

Programa 5

Iván - de volta para o passado
De Guto Pasko
Brasil, 2011,01:49:00, documentário,classificação indicativa:livre,PR

Em 1942 Iván Bojko foi arrancado de sua aldeia natal na Ucrânia pelos nazistas e levado para trabalho forçado na Alemanha. Em 1948 ele imigrou para o Brasil como refugiado de segunda guerra mundial e nunca mais conseguiu voltar para a Ucrânia, mas se manteve ligado às tradições culturais do seu país através da musica. 68 anos depois, o filme documenta o retorno de Iván Bojko a sua terra natal, numa verdadeira viagem "de volta para o passado", aos 91 anos de idade. Baseado nos diários de Iván, as imagens e sons funcionam como canais de acesso a uma experiência do imaginário, que atravessam as simples lembranças do imigrante e chegam até o nosso imaginário também.

Juri Popular Doc-FAM: Melhor Documentário

Trailler no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Y0GNZGS9msE


FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul

Youtube: http://www.youtube.com/user/audiovisualmercosul
Blog: www.audiovisualmercosul.blogspot.com
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Twitter: http://twitter.com/FAMcinema

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Polícia Federal prende Secretario de Meio Ambiente do RS e Secretario Municipal de Meio Ambiente de POA. Em Pelotas também haverá prisões

Fonte: http://ongcea.eco.br/?p=39474

Essa é realmente uma segunda-feira que há muito merecia existir na história da luta ecológica do RS!!!!!

A Polícia Federal desencadeou a Operação Concutare (do latim, concussão) para executar o cumprindo 29 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Entre os presos estão do secretário estadual do Meio Ambiente e ex-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM/RS), Carlos Fernando Niedersberg (já afastado pelo governador); o Secretário Municipal de Meio Ambiente de POA, Luis Fernando Zachia (já afastado pelo prefeito de POA) e do ex-secretário Municipal de POA, Berfan Rosado.

Também serão presos servidores dos órgãos ambientais, consultores e empresários por envolvimento em crimes ambientais e contra a Administração Pública, nos municípios de Taquara, Canoas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, Santa Catarina. Em Pelotas também será objeto de ação da Polícia Federal no combate a corrupção na administração pública ambiental.

Para o CEA não há nenhuma novidade em servidores, empresários e consultores estarem envolvidos em crimes ambientais, notadamente na emissão ilegal de licenças ambientais, já que as normas de Direito Ambiental, desde a mais simples até as mais complexas são cotidiana e impunimente descumpridas pelos órgãos ambientais, favorecendo os poluidores e consultores corruptos, como já denunciamos diversas vezes. A surpresa é ver essa exemplar tentativa da Policia Federal em
buscar o respeito à lei ambiental e seu cumprimento. Esperamos assim, com essa ação, que a fase da impunidade na área das ilegalidades ambientais tenha sua continuidade interrompida. Por isso, não deve parar por aqui.

A operação conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e ao patrimônio Histórico (DELEMAPH) e pela Unidade de  Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal no Rio Grande do Sul iniciou em junho de 2012 e conta com cerca de 150 policiais federais.

Em breve mais informações.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Viver em sociedade


Ana Echevenguá*
 
Há mais de mês, um dos abrigos para passageiros de ônibus da Rodovia Tertuliano Brito Xavier (bairro Canasvieiras, Florianópolis-SC) foi danificado. Quebraram partes das paredes (de vidro ou outro material). Os cacos ainda estão no chão.


Este ato pode ser tipificado como crime contra o patrimônio público. Consta do Código Penal e quem o pratica pode ser preso se pego em flagrante. É um ato tão corriqueiro como quebrar ou telefones públicos, bancos de praças, ...
O principal lesado - quando ocorre este tipo de crime - é o cidadão comum. Muitas vezes, aquele que tem pouco dinheiro no bolso.
Neste caso, por um bom tempo, o usuário de transporte coletivo que usa o abrigo da Tertuliano, ficará mais exposto às intempéries.
Hoje, passei pelo local e vi três mães, acompanhadas de seus bebês recém-nascidos, à espera do ônibus. E os ônibus em Florianópolis demoram a chegar!! Nosso transporte coletivo é precaríssimo.


Felizmente, não chovia, não ventava forte...
Claro que este abrigo não está cumprindo a sua função de proteger minimamente quem dele necessita. E, do jeito que as coisas andam por aqui, não sei quando será consertado.
Será que a pessoa que quebrou os vidros do abrigo pensou que poderia – com este ato de vandalismo -  prejudicar bebezinhos?
Gente, viver em sociedade exige respeito às pessoas e aos bens públicos que nos são ofertados.
Não adianta brigarmos por uma Cidade Sustentável, reclamarmos da ausência e omissão do Poder Público e, num ato impensado, destruirmos os poucos bens que estão à nossa disposição.
Está na hora de dedicarmos um pouco mais de amor à nossa Cidade, ao nosso bairro, à nossa rua...
Quem ama, cuida!


 
* Ana Candida Echevenguá, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do Consumidor. Presidente da Academia Livre das Águas e do Instituto Eco&Ação, nos quais desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: ana@ecoeacao.com.br.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Lixo nas ruas

A partir do mes de julho de 2013, a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro vai multar quem for flagrado jogando lixo nas ruas.
O valor mínimo da penalização (lixo correspondente até o espaço de 1 latinha de alumínio) será de R$157,00 e aumenta de acordo com o volume e espaço ocupados pelo dejeto.
Bravo! Tomara que esta lei pegue!
Não só no Rio de Janeiro, mas aqui também.
Ontem ouvimos de uma pessoa o seguinte desabafo:
"É muito chato ter que colocar na cabeça de um adulto que o espaço público não é lixeira", se referindo, naquele instante, aos fumantes em geral, que não tem o mínimo constrangimento de jogar nas ruas a bagana de seus cigarros.
Claro que existem raríssimas excessões, mas o que se vê é muito triste.
Pior ainda quando o próprio dono de algum estabelecimento não tem esta preocupação, descartando na calçada em frente à sua empresa, comércio, etc., o lixo que deveria ir direto para a lixeira, deixando o "cartão de visitas", mais agradável, atraente e convidativo, e sem dúvida, o cigarro é o grande campeão.
Sabemos que esta é uma ação difícil, que até a lei pegar, as pessoas se conscientizarem, vai levar um tempo, mas quem sabe desde já vamos treinando a mudança de atitudes e evitarmos chegar ao ponto do nosso próprio bolso sofrer as consequencias.

terça-feira, 2 de abril de 2013

A "temporada" acabou



Por Ana Echevenguá
 
 
 
Final de março de 2013. Mais uma temporada de verão chegando ao final... e, mais um ano sem que tenhamos solução para o tratamento de esgoto. A Baía de Canasvieiras (e as outras praias) continua poluída.
 
Isto não impediu o ingresso da população turística na Ilha da Magia (Florianópolis, SC, Brasil).
 
Na última semana, a chegada dos uruguaios despertou a atenção da mídia nacional*.
 
Claro que isso é positivo em inúmeros aspectos. O intercâmbio de culturas é gratificante. Geração de emprego, de renda, ... Sente-se a alegria de festa no ar. Todos são bem-vindos!
 
Ocorre que o aumento da população flutuante reflete diretamente no aumento da produção de resíduo (lixo doméstico, esgoto, ...) e no aumento da poluição local.
 
O lixo vai pra cidade vizinha de Biguaçu. Empurramos esse problema pra eles!
 
Mas, ficamos com o xixi e o cocô produzido. A falta de tratamento de esgoto é um problema sério. Torna-se mais grave porque convivemos com a falta de fiscalização, com a falta de conscientização dos habitantes de Florianópolis-SC, com a conivência dos órgãos públicos... um círculo vicioso que parece não ter ponto final.
 
 Outro dia, um amigo disse-me: “ainda bem que Floripa não tem turismo o ano inteiro; com o problema de esgoto que a Ilha tem, já estaria completamente destruída”.
 
Florianópolis possui mais de 40 praias. Capturei algumas imagens da parte mais impactada da praia da Baía de Canasvieiras – a região do Rio do Braz e do único trapiche**. 
 
Ali, a beleza dos recursos naturais mistura-se com o cheiro de esgoto e de lixo. São poucos os que sabem que o Rio do Braz recebe esgoto não tratado ou mal tratado...
 
Apesar da placa indicativa de área imprópria pra banho, ignora-se tal situação: que naquelas águas não se deve tomar banho.
 
Infelizmente, tomam ciência disso quando a saúde apresenta problemas. Os atendentes das farmácias locais perguntam ao cliente que busca um medicamento para as doenças gastrointestinais: “comeu alguma coisa estragada ou tomou banho na praia?” Ano após ano, isso é tão corriqueiro que eles já sabem o que indicar.
 
Hoje é dia primeiro de abril. E não estou fazendo piada. Tenho uma amiga que trabalha com turismo que vive me dizendo: “Ana, para de falar que nossa praia ta poluída ou ninguém mais vai querer vir pra cá”.
 
Não consigo. Eu até me esforço; mas, não consigo. As nossas praias são tão belas; são magníficas! Mas, já deveriam ter sofrido interdição pelos problemas de saúde que geram. Ou recebido o tratamento que a Lei ordena.
 
Mas, até agora, nem um nem outro...
 
 
 
* Ana Candida Echevenguá, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do Consumidor. Presidente da Academia Livre das Águas e do Instituto Eco&Ação, nos quais desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: ana@ecoeacao.com.br.
 
Ana Echevenguá - advogada - OAB/SC 17.413
Florianópolis - SC - Brasil
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