quarta-feira, 20 de abril de 2011

Exemplo de mobilização comunitária

Fonte

Prédio vai abrigar creche
Assembleia vai devolver imóvel, e prefeitura comprometeu-se a reformá-lo

O prédio da Escola Estadual Celso Ramos, na Prainha, Centro de Florianópolis, vai ser transformado em creche. Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio (DEM), atendeu à solicitação da comunidade e voltou atrás na decisão de usar o espaço para acomodar setores administrativos. Hoje, o presidente deve revogar o decreto de doação do terreno, feito pelo governador Raimundo Colombo.

Ontem, líderes das comunidades da Mariquinha, Queimada, Mocotó, Jagatá e Bode reuniram-se com Merísio. O secretário de Educação de Florianópolis, Rodolfo Pinto da Luz, e o vereador Renato Geske (PR) foram impedidos de participar do encontro.

Merísio apresentou duas propostas. A primeira era repassar R$ 8 milhões à comunidade, para construir creches e centros de esporte, e permitir o uso do espaço para abrigar uma creche até que as obras do novo centro educacional fossem concluídas. A outra seria a revogação do decreto. Eles tinham até 28 de abril para decidir.

Mas, assim que Merisio deixou a sala, Pinto da Luz aproveitou para comprometer-se, em nome da prefeitura, a reformar o prédio. Os líderes resolveram, então, ficar com o imóvel.

– Mas queremos a contrapartida do governo do Estado para que seja construído um Centro Esportivo na Prainha – disse o líder do Mocotó, Carlos Henrique Bittencourt.

O secretário garantiu que a prefeitura fará duas reformas na creche e que há dinheiro para a obra.

– Assim que o Estado transferir o terreno, em 15 dias vamos adequar a estrutura e trazer as 115 crianças da creche Santa Terezinha. Depois, vamos fazer uma reforma completa para que o espaço atenda 500 crianças – comprometeu-se o secretário.

DAYANE NUNES

2 comentários:

Anônimo disse...

A voracidade da classe política para tomar posse daquilo que de direito pertence ao povo é algo merecedor de reflexão por esse mesmo povo. Se subjugar as decisões desses governantes é entregar ao bandido seus bens adquiridos na luta diária, sua liberdade e sua vida. O caso da Escola Básica Celso Ramos, em Florianópolis, retrata muito bem isso. Aquela comunidade tem mesmo que bater pé e impor ao governo suas ideias na Assembleia. Querem espaço, busquem fora do Centro da Capital. O entorno da Praça Tancredo Neves, tem quer ser utilizado para permitir ao cidadão um local de atividade, cultura e não para se tornar estacionamento dessa trupe de sanguessugas de terno e gravata, sustentados por nós.

Magno da Silveira - Florianópolis
Diário do Leitor - DC - 25/04/2011

Anônimo disse...

Nossos espaçosos e solidários deputados, não contentes de verem seus gabinetes aumentados, pretendiam ocupar mais espaço num colégio vizinho à Assembleia Legislativa. Esse absurdo havia sido autorizado pelo governador Raimundo Colombo, sob o argumento de violência na referida Escola Básica Celso Ramos, enquanto que ao lado, existe um contigente de policiais militares gratificados, sem função alguma, ou pelo menos não se percebe do porquê estarem ali, esquentando cadeira. O governo voltou atrás, graças à população irada e à imprensa de Florianópolis. Que isso SIRVA DE EXEMPLO, para que o povo veja a FORÇA QUE TEM e que RARAMENTE exerce.

Altamiro Bortolotto Preis
Florianópolis
Diário do Leitor - D.C. 25/04/2011