Em artigo publicado nesta página (12/06), o presidente da Casan, Walmor de Luca, ressalta um suposto desconhecimento sobre o funcionamento dos emissários submarinos. Apressada conclusão. Sofisma 1: afirma ele que constituem um tratamento adequado. Os emissários não são equipamentos de tratamento de esgotos, mas emissores de efluentes já tratados, supostamente bem tratados, quesito no qual a companhia que dirige se mostra precária. Sofisma 2: afirma que as águas marítimas têm magnífica capacidade de autodepuração ao promoverem a diluição, dispersão e a decantação de cargas poluentes. Parte ele da premissa, portanto, de que os esgotos não estão devidamente bem tratados ao serem lançados, embora mais adiante afirme que as futuras estações de tratamento do Campeche e de Ingleses darão tratamento secundário e terciário aos mesmos. Infere-se, pois, que serão inertes, não acarretando poluição. Mas, se não causarão poluição, porque lançá-los no mar?
Não seria mais lógico dispersar esta água doce tratada nas cabeceiras dos rios próximos às ETEs, realimentando os lençóis freáticos para fechar o ciclo? Assim, os emissários seriam dispensados. A questão não se resume à “balneabilidade”, mas ao impacto global na orla, já por demais afetada. A premissa nos induz a crer que o mar ainda suporta impactos, desde que suaves, na contramão do que o mundo apregoa – deixá-lo em paz.
O modelo centralizado, proposto pela Casan, é o fator determinante para a concentração dos efluentes e só interessa às empreiteiras, aos atores políticos envolvidos e às empresas avessas ao monitoramento de seus resultados.
Já no modelo descentralizado, os efluentes são totalmente absorvidos no local onde a natureza pode realizar esse serviço ambiental. E de graça. Ecologicamente sustentável e valendo-se da complementaridade de sistemas de tratamento, respeita as bacias hidrográficas, e consome menos energia, além de ser, em muitos casos, mais barato.
* Ecologista
3 comentários:
"A Cidadania não é ação passiva, mas ação permanente, em favor da comunidade". Esta frase de Tancredo Neves, define com exatidão como deveríamos nos comportar em relação a tudo que nos cerca.
Nós, do SOS CANASVIEIRAS estamos trabalhando num abaixo-assinado,que encaminharemos aos órgãos competentes, os quais DEVERÃO resolver o problema da balneabilidade de nosso mar.
Temos sido muito bem compreendidos e aceitos, onde a maioria das pessoas é solidária e nutre o mesmo sentimento de justiça do nosso grupo.
Que bom que ainda existam cidadãos que se preocupam com o TODO, não só com o seu "quadradinho".
Pessoas que reconhecem o nosso trabalho e nos incentivam, pois sabem que o que queremos é SALVAR CANASVIEIRAS, independentemente de diferenças pessoais.
Temos consciência que, mesmo aqueles que duvidam dos nossos esforços, que "torcem o nariz" diante das nossas ações...esses também, no final, serão BENEFICIADOS.
E nós, ficaremos FELIZES, pois VALE A PENA lutar por UM MUNDO MELHOR!!!
Agradecemos CADA assinatura colocada nesse documento.
Sandra Petersen
Muitas pessoas parecem que não tem noção do que acontece a sua volta, ou só tem olhos para o seu umbigo... se não lhe atinge o resto que se exploda e ainda tem uns que acham que estão fazendo um favor de assinar um abaixo assinado... coitados são tão relapsos que não sabem que estão assinando para si mesmos, para se ajudarem...é isso aí pessoal do SOS CANASVIEIRAS contem sempre comigo... tô dentro no que puder ajudar
Abraço
Boa luta
Essa questão do esgoto e das "desculpas" da Casan já estão cansando as pessoas.
Que tal levar a serio e resolver logo tudo isso? Vamos ter que aguentar mais uma temporada com esta vergonhosa situação de um mar poluido, as pessoas adoecerem? Se continuar assim o jeito é o útlimo que abandonar canasvieiras, jogar a chave fora....NINGUÉM MAIS AGUENTA!!!!
Sergio
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