Artigo publicado na página 10 do Diário Catarinense de 5/5/2010
Esta semana completa um mês do assassinato de Ledo Ronchi, empresário, surfista e pai de dois jovens inteligentes que conquistam todo o espaço sem usar qualquer tipo de droga. Seus filhos são mais um exemplo de que o binômio surfista-maconheiro há muito já desapareceu. Alguns fatores contribuíram para o crime que vitimou Ledo.
O último suspeito a ser preso, conforme noticiou o DC, foi encontrado na manhã do dia 3 de maio com 30 quilos de maconha. Mas 30 quilos para vender a quem?
Mesmo assim, muitos ainda não acreditam que o uso das drogas seja responsável pela violência. Da mesma forma, não acreditam que a maior parte dos assassinos tem armas por causa do tráfico de drogas, e que “trafica” porque ainda existe gente que financia o nefando comércio de drogas.
Esquecem – ou ainda não perceberam – que, no comércio de entorpecentes, o empréstimo bancário se chama “assalto”, a concorrência chama-se “assassinato”, o cliente chama-se “usuário” e o produto se chama “maconha”, “cocaína”, e não só crack.
Mas, de fato, não são apenas as drogas que tiram nossa paz. Assim como as drogas, o que nos ameaça é a falta de sensibilidade e vontade política, por parte do governo do Estado de Santa Catarina, para a construção de centros de internação de adolescentes, mas que sejam estabelecimentos que cumpram suas finalidades, em que a fuga não seja rotina, a falta de higiene não seja a pólvora da revolta e onde a existência de um projeto pedagógico de recuperação seja o mínimo de alento aos que ainda preservam alguma esperança.
Esperança dos que viveram em Florianópolis nos anos 1980, esperança dos que desejam ter filhos, e esperança dos que, diariamente, sofrem por causa da violência.
A morte de Ledo Ronchi foi uma tragédia. Esperamos que chame a atenção de alguns responsáveis.
* PROMOTOR DE JUSTIÇA, MESTRE EM CIÊNCIA JURÍDICA
Esta semana completa um mês do assassinato de Ledo Ronchi, empresário, surfista e pai de dois jovens inteligentes que conquistam todo o espaço sem usar qualquer tipo de droga. Seus filhos são mais um exemplo de que o binômio surfista-maconheiro há muito já desapareceu. Alguns fatores contribuíram para o crime que vitimou Ledo.
O último suspeito a ser preso, conforme noticiou o DC, foi encontrado na manhã do dia 3 de maio com 30 quilos de maconha. Mas 30 quilos para vender a quem?
Mesmo assim, muitos ainda não acreditam que o uso das drogas seja responsável pela violência. Da mesma forma, não acreditam que a maior parte dos assassinos tem armas por causa do tráfico de drogas, e que “trafica” porque ainda existe gente que financia o nefando comércio de drogas.
Esquecem – ou ainda não perceberam – que, no comércio de entorpecentes, o empréstimo bancário se chama “assalto”, a concorrência chama-se “assassinato”, o cliente chama-se “usuário” e o produto se chama “maconha”, “cocaína”, e não só crack.
Mas, de fato, não são apenas as drogas que tiram nossa paz. Assim como as drogas, o que nos ameaça é a falta de sensibilidade e vontade política, por parte do governo do Estado de Santa Catarina, para a construção de centros de internação de adolescentes, mas que sejam estabelecimentos que cumpram suas finalidades, em que a fuga não seja rotina, a falta de higiene não seja a pólvora da revolta e onde a existência de um projeto pedagógico de recuperação seja o mínimo de alento aos que ainda preservam alguma esperança.
Esperança dos que viveram em Florianópolis nos anos 1980, esperança dos que desejam ter filhos, e esperança dos que, diariamente, sofrem por causa da violência.
A morte de Ledo Ronchi foi uma tragédia. Esperamos que chame a atenção de alguns responsáveis.
* PROMOTOR DE JUSTIÇA, MESTRE EM CIÊNCIA JURÍDICA
3 comentários:
É DE ARREPIAR O ESTADO PRECÁRIO DO CENTRO DE INTERNAÇÃO DE ADOLESCENTES INFRATORES SÃO LUCAS. COMO UM DELINQUENTE NÃO SAIRA´ DALI MAIS REVOLTADO E PERIGOSO?
TRAGEDIAS, VEMOS TODOS OS DIAS, E TODAS DEVEM MERECER A ATENÇÃO DAS AUTORIDADES.
IARA
Escutando o desabafo de um colega que disse que é um absurdo o número de policiais prontos para bater em estudantes, quando estes protestam (com razão) o aumento das tarifas de ônibus, mas para proteger a população, há falta deles...Concordo e compartilho desta observação.
Bastante injusta essa situação, não é mesmo?????
E os ladrão de galinha nao se fala nada?
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