Andando pelas ruas dos bairros do norte da ilha de Santa Catarina, nos deparamos com um cenário de insegurança latente. A região onde até poucos anos atrás se podia dormir sem fechar as portas de casa, hoje vive uma situação bem diferente, com muros cada vez mais altos, cercas elétricas se disseminando e, não menos ruim, polícia ausente.
Como explicar a realidade que se vive ali, com relação à insegurança? É pertinente falar em pelo menos dois aspectos: um relacionado à questão social local, que tem a ver com a própria desagregação social; e finalmente a ausência de ações efetivas do poder público na região.
A questão social implica em reconhecer que ao longo das últimas três décadas houve em todo o norte da ilha uma intensa ocupação, principalmente por migrantes, sem o devido planejamento por parte da prefeitura. Isso levou a uma situação de desagregação social grave, com formação de bolsões de pobreza e grande exclusão social. Como corrigir uma situação já constituída e que mesmo num momento em que já se tem consciência da situação continua a piorar?
O aspecto da desagregação social está diretamente relacionado ao exposto. É nesses bolsões de pobreza que está mais forte o tráfico de drogas, a violência, o desemprego e um conjunto de “desproteções” sociais preocupantes. Tende a estar nestas áreas, também, grave problema ambiental, como esgotos a céu aberto e construções irregulares do ponto de vista do plano diretor da cidade.
O segundo aspecto, a “timidez” em termos de ação pública no norte da ilha, faz com que fique o caminho livre para as coisas piorarem. Se não há fiscalização nas áreas de proteção ambiental, as construções irregulares aumentam. Se não há política de estimulo à economia local, o desemprego aumenta e com isso a pobreza. Se não se cuida da educação, as escolas ou não dão conta da demanda ou atendem mal. Se não tem polícia presente, a criminalidade avança.
Esse último ponto merece urgência neste momento e não se justifica esquecer disso. Aumentar policiamento ou ao menos tornar mais eficiente o trabalho da polícia é o mínimo que se possa fazer no norte da ilha. A escalada da violência na região tem disseminado o sentimento de medo e insegurança. Isso é grave o bastante para exigir medidas emergenciais. Não dá mais para correr atrás do prejuízo. Há que se antecipar aos fatos.
Sidnei Luiz Niederle
Como explicar a realidade que se vive ali, com relação à insegurança? É pertinente falar em pelo menos dois aspectos: um relacionado à questão social local, que tem a ver com a própria desagregação social; e finalmente a ausência de ações efetivas do poder público na região.
A questão social implica em reconhecer que ao longo das últimas três décadas houve em todo o norte da ilha uma intensa ocupação, principalmente por migrantes, sem o devido planejamento por parte da prefeitura. Isso levou a uma situação de desagregação social grave, com formação de bolsões de pobreza e grande exclusão social. Como corrigir uma situação já constituída e que mesmo num momento em que já se tem consciência da situação continua a piorar?
O aspecto da desagregação social está diretamente relacionado ao exposto. É nesses bolsões de pobreza que está mais forte o tráfico de drogas, a violência, o desemprego e um conjunto de “desproteções” sociais preocupantes. Tende a estar nestas áreas, também, grave problema ambiental, como esgotos a céu aberto e construções irregulares do ponto de vista do plano diretor da cidade.
O segundo aspecto, a “timidez” em termos de ação pública no norte da ilha, faz com que fique o caminho livre para as coisas piorarem. Se não há fiscalização nas áreas de proteção ambiental, as construções irregulares aumentam. Se não há política de estimulo à economia local, o desemprego aumenta e com isso a pobreza. Se não se cuida da educação, as escolas ou não dão conta da demanda ou atendem mal. Se não tem polícia presente, a criminalidade avança.
Esse último ponto merece urgência neste momento e não se justifica esquecer disso. Aumentar policiamento ou ao menos tornar mais eficiente o trabalho da polícia é o mínimo que se possa fazer no norte da ilha. A escalada da violência na região tem disseminado o sentimento de medo e insegurança. Isso é grave o bastante para exigir medidas emergenciais. Não dá mais para correr atrás do prejuízo. Há que se antecipar aos fatos.
Sidnei Luiz Niederle
4 comentários:
Só com união, com denúncia, exigindo ações que combatam a violência, onde as autoridades não se omitam, não se intimidem, é que podemos mudar esse triste cenário.
Marcos
MAS NÃO PODEMOS ESQUECER QUE TUDO SE CONSEGUE COM MEDIDAS PREVENTIVAS. A IMPORTÃNCIA DA EDUCAÇÃO, DE INVESTIMENTOS NESTA ÁREA É FATOR PRIMORDIAL PARA SANAR OU MESMO AMENIZAR A VIOLÊNCIA.
Excelente o artigo. Claro e objetivo. Os fatos são tão transparentes, sõ não dá para entender, como é que as autoridades não conseguem ver e resolver.
A violencia em nossa ilha estah passando muito dos limites. NAO PODEMOS DEIXAR QUE ESTE PROBLEMA SE TORNE COMUM E QUE OS CRIMES SEJAM CONSIDERADOS NORMAIS.
FACO VOTOS QUE O SOS CANASVIEIRAS CONSIGA SENSIBILIZAR AS AUTORIDADES.
Aline
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